Veludo vermelho.

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"Boa leitura!"

Já era noite quando todos os parentes estavam acomodados, chegaram mais pessoas ainda, primos de Anne que moravam por perto, e alguns que moravam bem longe, alguns parentes eram dali de perto mesmo, da cidade, e todos compartilharam seus sonhos, h...

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Já era noite quando todos os parentes estavam acomodados, chegaram mais pessoas ainda, primos de Anne que moravam por perto, e alguns que moravam bem longe, alguns parentes eram dali de perto mesmo, da cidade, e todos compartilharam seus sonhos, haviam desde de sonhos com Ane Lauren pedindo para que cuidassem de Louis, como haviam sonhos de Louis sendo perseguido pelo Observador, ou com mapas do metrô de Nova York.

Todos tinham algo a dizer, mas a verdade é que mesmo assim não estavam mais perto de descobrir o que Auston ou Observador como gostava de ser chamado queria com Louis, além de maltrata-lo e usa-lo como um brinquedinho, devia haver algo bem maior por baixo disso tudo, e de fato havia, mas eles ainda não tinham todas as peças, só podiam supor que juntando tantos sonhadores algo deveria acontecer.

Mas toda essa agitação, todas essas situações novas deixaram o frágil equilíbrio de Louis a ponto de romper, afinal ele fugiu de um louco sádico, viveu nas ruas por um longo tempo, e quando finalmente tem uma casa, carinho e segurança tudo é invadido por uma família muito maluca que embora só queira ajudar o está deixando muito assustado, depois do jantar, ao ar livre para caber todo mundo, o pequeno Louis já tinha misturado todos os nomes, só se lembrava com certeza de Lottie, que se revelou sua melhor amiga do mundo todo, como se ambos tivessem de fato nove anos cada.

Enquanto esses parentes revisavam suas anotações e colocavam junto das de Zany e viam fotos sobre o Instituto Becker, tudo que Louis queria eram os braços de Harry...Sem medo do futuro, sem perseguidor, sem sonhos...Só ele, Harry e uma cama grande.

Como se realmente estivessem com suas mentes conectadas, Harry o puxou pela mão suavemente, o tirando do meio da confusão de conversas.

-Sabe, minha mãe quando me ajudou a decorar um pouco  a casa deixou muita coisa num pequeno quartinho lá em cima, fica escondido e bem trancado, mas tem uma cama grande e eu tratei de abrir a janela hoje e troquei a colcha da cama, acrescentei algumas coisinhas e acho que podemos fugir para lá um pouco, o que acha meu pequeno?

-Não vão sentir nossa falta?

-Estão loucos com essa teoria...Temos tempo, e depois seu mistério não nos matou até agora, pode esperar mais um pouco não é?

-Hazz, não brinque com isso, é perigoso. Ralhou Louis nervoso.

-Bobinho, só estou tentando descontrair, venha comigo, lembra que eu falei que queria que confiasse em mim? 

Louis tremeu mas concordou.

-Lembro...Sobre as amarras não serem sempre pra machucar?

-Sim, podem ser prazerosas, aceita me deixar te mostrar? Mas precisa confiar em mim, de verdade, eu nunca te machucaria meu pequeno.

Louis pensou, e nisso seus dedos tocaram as cicatrizes em seus pulsos, que por várias vezes foram feridos ali por algemas ou cordas, ele tremeu com a ideia repugnante, mas agora era Harry, ele era bom, verdadeiro, e nunca o machucaria mesmo.

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