Um cavalheiro a vista

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Oiee! Sejam bem-vindas a mais uma historia! Espero que a cada emoção sentida nesse livro seja para transportar vocês para o que a de melhor no amor.
Tenham uma boa leitura!

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         Aah! Como eu queria dizer que estou linda e majestosa nessa sala de espera de hospital, que por sinal, o medico está demorando que é uma beleza e esse ar condicionado está quase me fazendo virar um picolé.

         Mas a verdade é que estou com meus cabelos parecendo a Samara do filme O chamado e estou com duas rodelas rosa na altura dos seios, manchadas pela tinta que soltou do sutiã baratinho que eu comprei.

        Tudo isso porque, na saída do taxi para a consulta, fui agraciada com uma chuva que o povo do deserto acharia maravilhoso, mas eu achei uma puta sacanagem divina. E pra piorar pisei numa poça dágua que jurava que era rasa, mas quase fui parar na china, de tão funda que era, molhando minha calça jeans até quase os joelhos.

        Podem imaginar como as pessoas estão me olhando? Abafa! E sem comentários sobre meu humor.

        Humor no qual é bem relativo, minha mãe sempre diz que eu sou bipolar. Às vezes estou de boa com a vida e às vezes quero matar alguns serumaninhos, mas quem não ficaria assim nas minhas condições? Afinal, tenho 26 anos, desempregada e voltando a morar com meus pais. É pra morrer, num é?!

        Imagino que você esteja se perguntando: Mas porque cargas d'aguas você esta voltando a morar com seus pais com essa idade?

        Porra! Pergunta pra corna da Laís. Só porque eu contei pra ela que vi seu marido no maior amasso no estacionamento com a Kátia do financeiro, ela teve a cara de pau de falar que eram só amigos e me demitir.

         Se enfiar as duas mãos dentro da saia de outra mulher, como se tentasse pegar o útero dela é ser amigos, eu devo ser antiquada.

        Eu achei que ela confiava em mim, mas pelo jeito a Laís gosta de chifres.

Vai entender...

      —HANNA CARTER! Consultório 4.

        Finalmente a recepcionista, que em certo momento a flagrei tirando uma meleca do nariz e passando debaixo da própria mesa, chama meu nome, indicando que já devo entrar.

       Levanto de onde estava sentada, tentando me ajeitar da melhor maneira que posso da chuva que recebi, mesmo já tendo feito isso no banheiro. Mas você tem que entender que quando eu digo que a coisa está critica, é porque está mesmo.

       Ando em direção ao consultório, com as duas rodelas rosa no peito, torcendo para o medico ignorar as manchas e meus emaranhados de cabelos ou fingir que estou lançando moda.

        —Boa tarde! -o doutor cumprimenta de cabeça baixa, com os olhos presos em meus exames feitos, ja em suas mãos.

       Olhando sua calvície começar na metade da cabeça, o vejo levantando o olhar para me ver. E advinha?

      Seus olhos passeiam pelo meu alinhado, limpo e cheirosinho corpo.

       Bem que eu queria que fosse assim, mas na verdade, ele está impressionado com o estado que eu estou e provavelmente achando que fui mastigada por uma onça pintada.

-O que aconteceu com você.... -ele fala procurando meu nome na ficha. - ...Hanna? Foi assaltada?

       Questiona se levantando da cadeira preta e aparentemente fofinha, todo preocupado.

Que nada me impeça de te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora