Uma tarde no orfanato

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         Fomos para a empresa buscar a sacola de roupa que minha mãe pediu para levar ao orfanato e confesso que faz quase um mês que não vejo as crianças.

        —Olá!— falo entrando na sala da minha mãe, que está concentrada em uns papeis.

          —Ei neném, que saudade!  —diz me abraçando e vai beijar o Victório, pois só nos vimos na sexta de manha. 
     
       —Cadê o papai? —pergunto após beija-la.

        —Acabou de entrar em reunião, que por sinal, eu tenho que ir também. —ela fala pegando umas pastas preta e as pressionam contra o peito.

        —Tudo bem, nós já vamos. — concluo sorrindo.

         —Avisa a irmã, que essa semana, sem falta, eu vou la. —minha mãe fala me entregando a sacola que o Victório faz questão de levar.

         —Tudo bem! —falo e saímos da empresa.

           Fomos até meu prédio, ja que é bem próximo, para eu guardar meu carro e fomos no dele.

          —Boa tarde, irmã! —digo com a freira que me acolheu quando dei entrada no orfanato e ela sorrir vindo nos cumprimentar.

         —Boa tarde, meu meninos, você demoraram dessa vez. —diz e sorrimos.

         —A obra está comendo meu tempo, irmã. Só sobra tempo a noite e vocês não recebem visitas a noite. —me explico.

        —É verdade! As crianças dormem cedo. Vem! Vamos ir la atrás.

          —Essa sacola de roupas é pra vocês, irmã. Onde a coloco? —Victório pergunta com a sacola na mão e ela mostra a mesinha a diante.

        —Chegou uma menina nova e ela me lembra muito você. —a irmã conta sorrindo, andando a nossa frente, dando uma meia viradinha para me ver.

        —É mesmo? Por que? —pergunto curiosa.

        —Ela é meiga, linda e apesar de não falar muito, fala sempre o que pensa. Exatamente como você! Num é meu filho? —ela pergunta sorrindo para o Victório.

        —Exatamente! —Ele concorda sorrindo, andando de mãos dadas comigo e me olha. 

        —Então bora ver essa pirralha geniosa. — brinco sorrindo continuando a caminhar.

          Seguimos para o pátio e varias crianças brincam. Percebo um pouco mais introvertida, uma menininha de uns dois anos, brincando com uma boneca.

      —Aquela eu não conheço. É ela? —pergunto apontando com o queixo.

       —É sim! Seu nome é Chloe. —ela fala e eu concordo, mas Victório senta numa cadeira próxima, como sempre tem feito quando a gente vem aqui.

          Ele ama vim vê-las, mas tem vergonha de se entrosar, então fica de longe observando. 

          —Boa tarde meninos e meninas!! — chamo a atenção das crianças que estão espalhadas pelo patio e eles vem me abraçar.

         —Tudo bem? Eu gostaria de pedir desculpas a a vocês, pela demora. A tia estava meio doidona esses dias. —falo sentando no chão e eles riem sentando a minha volta.

        —Você é muito bonita tia e gente bonita não fica doidona. —Sandrinha, a mais velha, fala e acabo rindo da forma intrigada que ela falou.

         —Você está muito enganada. Mulheres bonitas precisam mostrar mais ainda seu talento. Algumas pessoas tem a cabeça meio confusa. Isso cansa tannto. —falo fingindo desmaiar e deito no colo de umas meninas ao meu lado, fazendo elas riem alto.

Que nada me impeça de te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora