Fotos nuas

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           Depois que vimos o que tinha acontecido, pedimos educadamente, para que os convidados fossem pra casa. Logo a polícia chegou e começaram a varredura do local.

          —Está difícil achar o Marcelo, ele entende de computador e isso facilita a fuga dele. —Simões confessa, enquanto os peritos fazem seu trabalho.

            Estamos todos no quintal numa rodinha, conversando sobre o caso e meus pais, assim como o meu noivo, estão bem nervosos.

           —Então ele vai continuar fazendo isso? —Victório pergunta se segurando para não explodir.

           —Eu sugiro que usemos uma isca. —ele fala e olha pra mim.

          —De jeito nenhum! —Victório fala entendendo o que ele quer dizer e eu é quem seria a isca.

           —Ele a ama e iria cair numa emboscada se achasse que ela estava sozinha. —Simões tenta explicar, mas ele está irredutível.

          —Ela não vai. Não a colocarei em perigo. —Victório esbraveja e nós ouvimos calados eles debaterem.

          —Mas seria a única opção para pega-lo e...—Simões insiste, sem saber onde está pisando, mas é interrompido.

             —PARA COM ESSA PORRA!! Eu não vou expor minha mulher a um psicopata. —Victório grita, assustando o Simões e chamando a atenção de todos.

            —Ele sai de perto e entra na casa dos meus pais, deixando o Simões para trás. Deixando o delegado e seus peritos fazerem os seus trabalhos, entramos logo atrás dele, vendo que ele entrou no banheiro.

            —Me desculpa pela festa. Marcelo está cada dia mais louco. —falo começando a chorar e meus pais me abraçam.

            —Não tem que pedir desculpas. Vocês podiam está naquele carro. —minha mãe fala tremendo, também chorando e abraçada a mim, me apertando como se tentasse me enfiar dentro dela para me proteger.

            —Isso foi uma tentativa de assassinato! —meu pai fala andando de um lado para o outro.

             —Podemos ir pra casa? —Victório pergunta atrás de mim e o tom da sua voz sai grossa e imponente.

            —Claro baby, vamos sim. —falo e beijo meus pais.

           —Se cuidem meus filhos! Marcelo perdeu a noção do certo e o errado. Ele é um perigo maior do que achávamos. —minha mãe fala com os olhos vermelhos de tanto chorar, com o desespero em sua voz.

            —Vem cá, Neni. —meu pai chama se fazendo de durão, mas sei que é uma manteiga derretida e quando o abraço, sinto sua respiração subir e descer indicando seu choro.

         —Eu te amo, minha filha! Eu queria te proteger, mas não posso. —ele fala em seu abraço, me fazendo chorar e depois beija minha testa. —Cuida dela. -meu pai fala olhando o genro, assim que nos separamos e eu pego na mão do Victório.

           —Eu vou! Custe o que custar! —Victório fala ao meu lado.

           Saímos da casa dos meus pais no Land Rover blindado  que pegamos emprestado e fomos para casa, mas dentro do carro nem eu, nem ele falávamos nada, perdidos em nossos pensamentos. Chegando na portaria de casa recebemos um envelope na cor parda. O Segurança informou que veio de um adolescente e Victório o coloca no colo para estacionar o carro na garagem, ja imaginando de quem se trata.

          Assim que desliga o veículo, tirando a chave da ignição, ele abre o envelope para ver o que tem dentro.

             —DESGRAÇADO! — grita após abrir o envelope, batendo no volante e sai do carro desnorteado.

Que nada me impeça de te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora