Sem intimidades, por favor!

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          Chegamos na minha casa, mortos de cansaço e fomos direto para o banho. A água quente batendo em meu corpo, relaxando meus músculos é o que eu estava precisando.

         Victorio liga para a irmã, perguntando se podemos pegar o Max amanha e ela concorda. É claro! Quem não ama o meu bebê?

         Deitamos grudadinhos na cama e o sono logo nos pegou. A noite teria sido tranqüila se eu não tivesse pesadelo com o Marcelo.

        No pesadelo, eu estava em casa quando o Marcelo entra sobre o efeito de alguma droga e me faz refém. Eu ainda tento argumentar com ele e nada. Victorio aparece, após um dia de trabalho e para o meu desespero ele reage e acaba baleado.

         Acordo com o coração a mil. Sei que é um sonho, mas sinto muito medo que o Marcelo estrague nossa vida com alguma atitude idiota.

         Levanto para ir na cozinha tomar agua e abro a geladeira, mas quando me virar, sinto uma mão em meu ombro e com o susto, derrubo o copo de vidro.

        —Meu Deus! —falo colocando a mão no coração.

         —Desculpe, vida! Deixa que eu limpo. —Victorio fala se abaixando para pegar os cacos de vidro.

        —Me desculpe, baby! Eu tive um pesadelo. Acho que isso me deixou assustada. —falo indo pegar a vassoura.

          —Com o que?

         —Com o Marcelo. De novo!  —respondo o ajudando a limpar o chão.

          —Você precisa esquecer ele. — diz e eu concordo, mesmo achando ser uma tarefa difícil.

          Limpamos tudo e voltamos para o quarto. Deito no peito dele, que me abraça como se dissesse: não se preocupe, eu estou aqui com você! E me sentindo protegida, eu durmo.

***
           Levanto com o despertador tocando e juntos, fomos para o banho.

          —Vamos la pra casa hoje? —ele pergunta  se vestindo e eu concordo.

          Já arrumada para o trabalho, estou agora, arrumando uma mochilinha com algumas coisas para levar para casa dele.

            —Pode buscar o Max pra mim? -pergunto cheia de saudades.

           —Que tal jantarmos na minha irmã? Estou com saudades dos meninos. —sugere e eu concordo mesmo não gostando.

             Não é que eu não goste da irmã dele, ao contrário, eu amo ir la ver os meninos. Mas é que a Lívia, as vezes, faz uns draminhas e eu não curto muito isso. Conversa pra mim tem que ser objetiva.

          —Você não curte ir la, né?! Não gosta dela?

           —Não é isso! Mas os gostos dela não bate com os meus e a forma que ela conversa.... Sei la!—falo sem graça.

           —Ela é fresca! — afirma sorrindo.

          —Um pouquinho! — faço gestos com os dedos e ele rir.

            Vou para frente do espelho e repasso o batom, já que tomamos o café e escovei os dentes. Saímos do apartamento e fomos para os nossos trabalhos. Hoje fui direto para a obra, pois uns carregamentos irão chegar e quero está la para recebê-los.

           —Bom dia a todos! —falo assim que vejo os caminhões já parado na obra e o Rafael conduzindo o carregamento.

          —Bom dia! Caramba, você está linda! 

Que nada me impeça de te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora