O amor está no ar

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          Duas semanas já se passaram e estou agora no meu apartamento, me preparando para dormir. Na empresa, estou a todo vapor num novo projeto de um shopping e apesar de exaustivo, estou amando. E por falar em amar, eu e o Victório estamos cada dia mais grudados. Ele tem sido um namorado exemplar me levando oficialmente, para conhecer sua família. Mas estou com vergonha de abrir meu coração e falar que o amo, já que faz apenas duas semanas que nos conhecemos.

           Hoje ele foi dormir em casa, pois ia trabalhar até tarde no escritório da casa dele. Eu adoraria te-lo aqui comigo e até insisti para ele ficar, mas vendo que estou cansada, ele preferiu trabalhar em casa dizendo que não queria incomodar.

           Tenho recebido, todos os dias, mensagens de amor e ódio do Marcelo. Isso já passou dos limites. Estou morrendo de medo que a qualquer hora, ele faça uma besteira, apesar de termos conseguido a ordem restritiva. Também tive o desprazer de voltar no meu antigo trabalho. Precisava mostrar meus exames e acertar tudo no RH.

          Estou agora em minha cama, de olhos fechados, tentando dormir sem o meu namorado, mas está difícil. Não poder senti-lo ao meu lado ou poder encostar meu rosto em sou peito na hora de dormir torna tudo um tormento. Começo a sentir meus olhos pesados e me ajeito nas cobertas numa melhor posição e finalmente acabo dormindo.

          Algum tempo depois abro os olhos assustada, ainda de bruços com tudo no completo breu, sentindo a cama balançar. Sem me mexer ou respirar, tento enxergar alguma coisa, mas está muito escuro. 

          Meu Deus, será o Marcelo? Ja troquei a senha do elevador, entrei com a ordem restritiva. O que mais ele quer? Penso morrendo de medo.

         Sinto beijos em minhas costas e me arrepio toda de medo. Meu Deus, será que veio me estuprar? Preciso gritar, chamar atenção.

Calma Hanna, tenta dialogar primeiro.

         —Se seu objetivo é me assustar, já pode ir embora satisfeito, viu?! Você ganhou! Eeee!! —informo tentando não demonstrar meu medo, mas quando um beijo é depositado em minha bochecha, sinto o melhor cheiro do mundo.

          —Victório?! —indago e ele se joga ao meu lado, rindo alto. —Meu Deus! Você me matou de susto, sabia? 

            Falo ficando com raiva ao ouvi-lo rindo e sinto ser puxada para deitar juntinho a ele, enfiando meu rosto na curva do seu pescoço.

           —Desculpa, não resisti! Você é uma delicia! —declara beijando meus cabelos.

           —O que faz aqui? —pergunto curiosa.

           —Não consegui dormir sem você. — confessa me dando vários beijos no rosto.

            Ele ergue o braço, sem me fazer sair do seu aconchego e acende a luz do abajur. Clareando metade do quarto, ele deita de lado, ficando de frente para mim.

            —Eu tenho uma coisa pra te falar, mas não quero assustar você. —diz e eu fico com medo dele falar que encontrou o Marcelo ou.. sei lá o quê!

            —Pode falar, já sou uma mocinha, eu aguento. —brinco para descontrair e ele sorrir.

            —Eu nunca senti o que estou sentindo por você. Está fazendo as coisas mas simples, serem importante, as coisas cinzentas da vida, terem cor. Eu cheguei em casa hoje, onde me sinto muito bem e não me senti. Você não estava lá comigo. —profere ainda na mesma posição, enquanto me olha calmamente.

Que nada me impeça de te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora