Parte 24

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Renato não era apenas um corpo bonito para mim, era muito mais, era o meu ar, minha vida, era um vicio que eu precisaria todos os dias, ninguém a não ser meus pais era mais especial para mim do que ele.

A segunda feira foi uma merda..., pois Renato me ligava só que eu não podia tocá-lo. A terça, a quarta, e a quinta eu estava em parafuso, pois já nem ia mais à academia, só de olhar para os aparelhos me lembrava dele, ia para casa me sentava em minha cama e chorava muito. Sentindo sua falta, a forma como ele me tratava, ate mesmo de olhar para sua mãe me dava vontade de vê-lo, teve ate um dia, se não me engano na terça, eu chorei para ela, ela cancelou as duas ultimas consultas para me consolar, disse que logo iria passar a semana e tudo iria acabar bem.

Na sexta feira, eu já estava mais disposto, minha mãe já estava preocupada comigo, não comia direito, não saia com meus amigos, não falava nada, só entrava para meu quarto e ficava olhando as fotos dele no PC. Já estava agoniado por não sentir seu cheiro, seu calor, seu corpo seus beijos. Renato naquele dia tinha me ligado umas 40 vezes, eu chorava para ele cada vez que eu falava com ele, ele fazia o mesmo, e se desesperava pedindo para eu ter calma.

No sábado, eu já estava realizado, entediado, minha mãe sempre na minha volta tentando ver o que ela poderia fazer para o meu agrado, a noite naquele sábado tive febre de 40 graus, tossi a noite toda pensando que amanha seria o ultimo dia, ate a mãe de Renato foi a minha casa me ver " como medica", como eu estava de saúde, ela disse que era preocupante pois eu já tinha sofrido acidente e ela não sabia como estava depois daquilo.

- meu filho..., não fique assim, ele vai voltar..., tenta comer um pouquinho

- valeu mãe - eu falava choramingando. - não to com fome.

Minha mãe entrava em parafuso comigo, pois no domingo eu já estava com dor de barriga de tanto pensar em seu rosto, do de pensar que ele estaria qui menos de 12 horas.

...

Eu estava jantando, tentando comer os últimos grãos de arroz de meu prato, meu pai tinha saído para ir a casa de meu tio, então ficou só eu e minha mãe, ela ainda preocupada comigo tentando puxar conversa para eu esquecer um pouco, de repente meu celular toca, eu levanto rápido da cadeira, levanto comigo meu prato que quase vai ao chão, pois vou que sujou um pouco, pego as pressas quase caindo no meio da sala e vejo o nome na tela: amor chamando...

Enchi-me =de alegria, mas se for uma noticia triste, ruim, se ele for ficar La, caraca meu... MERDA E SE FOR ISSO.

- oi amor - atendi meio nervoso

- oi paixão, to aqui na frente da tua casa.

Larguei o celular que foi ao chão, e sai correndo em direção a porta, minha mãe estava na cozinha ainda, pois já ouvia os pés de Renato chegar na varanda.

Eu abro a porta e vejo seu sorriso, seu olhar seu corpo seus braços, meu ele tava lindo, perfeito..., vestia uma roupa toda vermelha, a cor que eu mais gosto ele abre mais seu sorriso e enche os olhos de lagrimas, eu faço o mesmo me atirando em seus braços, Renato logo me levanta para cima e anda comigo para dentro de casa, seus beijos afobados em minha boca, pedindo mais, seus braços apertando minhas costas, o seu cheiro, seu cabelo de anjo, sua boca..., ele esta aqui posso sentilo agora, seus ombros largos, seu corpo colado no meu.

- eu te amo Will..., meu amor..., minha vida, senti tanta falta sua, meu amor... - ele agarrava com as duas mãos meu rosto e me beijava dolorosamente a minha boca, eu fiz o mesmo deixando as nossas lagrimas se unirem com nossos lábios.

Ele se afasta para me olhar e depois me abraça, quando escutamos atrás de nos, um suspiro, eu viro rápido, olhando para ela, que estava com uma xícara de cha na Mao, nos olhando acho que já um tempinho, eu fico serio, vendo a sua reação. Minha mãe caminha larga a xícara em cima da cômoda e vai ate Renato dando-lhe um abraço

Um Anjo Em Minha Vida ( Uma História Real )Onde histórias criam vida. Descubra agora