Capítulo 11 - Día de Suerte

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O sequestro do José Eduardo, ou melhor, o suposto sequestro durou quase uma hora, após muitas procuras e sofrimento por parte da Victoria, que chegou a receber até uma foto de seu filho, no qual ele estava completamente amarrado e com a boca tampada. César e Fernando ao verem o quanto Victoria estava desesperada, resolveram revelar a ela que tudo não passava de uma brincadeira deles e que seu filho estava bem e nada de mais havia acontecido, trouxeram o menino até ela e depois que Victoria se acalmou e pode abraçar seu filho, conversou um pouco com todos, brincou e riu de tudo que aconteceu, entendeu que foi apenas uma brincadeira e perdoou a todos. Mas será mesmo que ela entendeu?

*Camarim Ruffo*
Victoria estava terminando de se arrumar para ir embora, José Eduardo estava dormindo no sofá, depois de tudo que aconteceu de tarde, ele havia ficado muito cansado.

— Podemos conversar? — César perguntou ao abrir a porta.

— Já estou indo embora, amanhã conversamos. — Ela respondeu friamente a ele, mesmo assim ele entrou e trancou a porta.

— Não, por favor, será rápido, preciso que você me ouça. — Ele disse ao se aproximar dela.

— Te dou um minuto. — Ela olhou para o relógio.

— Vai ficar contando?

— Você estar perdendo tempo.

— Perdoe pela brincadeira, não quero que você fique chateada comigo. — Ele se aproximou mais ainda dela, que se afastou dele.

— Ah, não estou, tudo bem! Foi só uma brincadeira de vocês.

— De verdade?

— Sim, acredite, mas agora preciso ir, Eduardo está cansado, quero leva-lo para casa. — Ela se virou e foi até o sofá pegar o Eduardo.

— Não vou insistir. — César rapidamente foi até ela e a segurou pelo braço, colando o seu corpo ao dela e cheirando o seu pescoço. E Victoria estremeceu com esse contato.

— Agora não, César. — Ela se afastou dele e carregou o Eduardo, que continuava dormindo.

— Deixa eu te ajudar.

— Não precisa, eu dou conta.

— Victoria, eu sei que você dar conta, mas eu quero leva-lo até o carro, por favor, me permite fazer isso.

— Só cuidado para não acorda-lo. — César pegou com cuidado o Eduardo dos braços dela.

— Ele pesa, como você ainda dá conta de carrega-lo?

— Já carreguei coisas mais pesadas. — César esboçou um sorriso malicioso e abriu a boca para falar algo. — Não fala nada. — Mas ela o interrompeu e ele ficou calado.

— Eu não ia dizer nada. — Eles saem do camarim.

— Melhor assim.

— Mas eu não sou tão pesado assim. — E ele falou após uns minutos de silêncio.

— Você disse que não ia falar nada. — Ele sorriu e fez um gesto tampando a boca.

Algumas pessoas, pelas quais eles passavam, ficavam observando aquela cena tão familiar, em como eles formavam uma família tão linda. César carregava Eduardo com tanto cuidado, tanto amor, como se realmente ele fosse o pai, ao mesmo tempo ele conversava com a Victoria, deveria estar contando algo muito engraçado, pois ela esboçava um largo e lindo sorriso para ele, que retribuía da mesma forma, essa era a visão de quem observava os dois, indo em direção ao estacionamento.

— Espera, vou tirar alguns papeis aqui do banco de trás. — Ela tirou os papeis e o César colocou cuidadosamente o Eduardo deitado no banco.

— Pronto, não tirei nenhum pedaço dele. — Ela suspirou fundo para não cair nas provocações dele.

La Tekila - Proibida Pra MimOnde histórias criam vida. Descubra agora