Espero na cama com os olhos cheios de lagrimas o dia amanhecer. — O que está acontecendo com minha vida? — Rolo para todos os lados da cama, enquanto aperto os olhos na esperança de esquecer tudo e deixar de loucura. — Sim! Talvez eu seja só... uma louca! — Levanto e caminho, com passos lentos, até a janela. Fito todo o gramado da minha casa. A neblina agora deixa tudo mais sinistro e folhas secas voam pelo ar. Cruzo os braços e apoio a testa no vidro, minha respiração deixa uma pequena parte ofuscada e meu rosto reflete na janela. — Olhar de desespero — É isso que encontro no reflexo. Uma menina desesperada, parcialmente louca e cansada. Depois de tanto fitar o gramado, minhas pernas cansam e eu resolvo voltar para a cama. Cruzo os braços e encaro o teto por tanto tempo que nem percebo os raios de sol atravessarem minha janela. De repente, meu celular toca, o toque da minha melhor amiga Diana e eu atendo num salto exaustivo.— Alô! — Digo ao atender o telefone.
— Pronta para hoje, baby? — Diz Diana super animada.
— Ah sim! — Luto para expressar animação. — Que horas?
— 11:00 passo aí!
— OK!
Ligação encerrada.
Levanto, tomo banho e visto uma camisa branca regata e shorts jeans claro. Duas horas depois escuto a buzina do carro de Diana na frente da casa. Pego minha bolsa e saio em direção do carro dela.
— Bom dia Baby! Que cara é essa? Caiu da cama? — Pergunta Diana com um tom sarcástico.
— Bom dia! Quase! — Respondi.
— Não se preocupe, vamos esfregar muito armário hoje. — Ela falou enquanto ajustava o retrovisor e em seguida, ajustava seu cabelo.
Diana avançou na estrada. 25 minutos depois já estávamos no colégio. Havia apenas uma faxineira nos esperando para entregar as chaves. A cara dela não estava muito boa. Pegamos as chaves e ela foi embora. Seguimos pelo corredor até chegar na área de produtos de limpeza, pegamos o necessário e seguimos para a área dos armários.
— Ao trabalho! — Disse Diana.
Começamos a varrer o chão e depois a limpar a parte exterior dos armários.
— Minha vontade era que aqui fosse a cara de Deborah, ia tacar ácido na cara dela. — Disse Diana enquanto esfregava o armário com força.
— Qual o armário dela? — Perguntei a Diana.
— Um todo rosa do corredor 7.
— Ao trabalho? — Perguntei a Diana.
— Como assim?
— A diretora pediu que todos os armários estivessem limpos não foi?
— Sim! Mas e daí?
— Vamos remover todo o papel rosa e todos os acessórios da parte externa do armário da Deborah. — Disse a Diana.
— Amiga eu te amo! — Ela deu saltinhos.
Seguimos até o corredor 7 e lá estava o armário todo rosa brilhante. Havia boatos de que o brilho dourado na parte inferior do armário era ouro de verdade. Começamos a jogar ácido no papel rosa até ele cair todo. Enquanto ao ouro... Colocamos na bolsa. Depois que estava todo limpo decidi procurar o armário de Copri.
— Amiga preciso das chaves. Estou me urinando — Disse a Diana.
— Está aqui! — Diana me entregou as chaves e eu segui pelo corredor.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Extranatural
RomanceE se você acordasse um dia e descobrisse que sua vida toda é uma farsa? Que os seres sobrenaturais são reais? Qual seria sua reação? Humana, inocente, mundo real e verdades. Tudo isso foi por água abaixo com a chegada de Copri e David! É muito dif...