Capítulo 3

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Cheguei em casa e revisei todos os conteúdos das aulas do dia. Deitei um pouco e logo despertei. Hoje é dia de ir à igreja. Levantei-me e tomei uma boa ducha. Escolhi Calças jeans escuras de cintura alta e blusa folgada de manga até o pulso. Coloquei um laço sobre o cabelo e esperei mamãe. O telefone tocou.

   — Hello, Baby! — Disse Diana.

   — Iaeeeew. — Respondi e nós rimos.

   — Estou pensando em assistir um filme hoje, mas preciso de companhia.

   — Ah não! Hoje vou à missa.

   — O ritual da limpeza. Fala sério, sua mãe fez promessa?

   — Não fala isso. A missa é importante.

   — Oh sim!

   — Por que você não vem conosco?

   — Analisando bem o resto da minha noite, acho que irei aceitar.

   — Sério?

   — Sim! Nos vemos lá, Proles.

   — Tchau, amore!

   Ligação encerrada.

   Fiquei surpresa por Diana aceitar o convite. Na certa ela queria se livrar da missa do domingo com a mãe. Mamãe apareceu na porta.

   — Vamos? — Disse ela.

   — Sim.

   Seguimos de carro até a igreja. Era alta, branca com detalhes dourados, portas longas que iam até uns 3 metros. Parecia um castelo. Esculturas de gárgulas tomavam conta das partes mais altas da igreja e imagem de santos cobriam suas paredes.

   — Ei!

   Olhei para o lado e encontrei Diana. Muito elegante. Usava um vestido preto de manga longa e com um lasco da coxa até os pés, salto preto e o cabelo em um Coque elegante.

   — Uau! — Disse com uma expressão de encanto.

   — Gostou? — Indagou-me Diana enquanto girava.

   — Está linda! Sabe que não vai flertar com ninguém, não sabe? — Indaguei-a

   — Não custa nada ficar preparada. As coisas acontecem rápido, Baby. — Disse ela e ao concluir a frase deu uma piscada com o olho.

   — Vamos! Não quero ficar em pé. — Eu disse.

   Nós entramos e logo sentamos no quinto banco. A igreja é repleta de imagens de Nossa Senhora, Jesus, santos, anjos e outras coisas. Uma pintura enorme cobre o teto da igreja. O sino tocou e o padre adentrou à igreja. Seguiu o ritual e logo chegou o evangelho. Tentei prestar atenção, mas um pensamento estranho tomou conta de mim. Desliguei o modo atencioso e me deixei viajar por meus pensamentos. Vi um homem correndo por um beco, em outra imagem vi uma mulher chorando e beijando um bebê, em outra vi Copri encarando-me friamente.

   — Você não pode! — Disse ele.

   Voltei ao presente.

   50 minutos depois, a cerimônia já tinha acabado. Eu estava com Diana no banco do lado de fora.

   — Vamos ao Kucá r? — Disse Diana.

   — Kuću je odbacio? — Respondi.

   — Conhece outro parque?

   — Que dia?

   — Sábado.

   — Verei com minha mãe e logo te dou a resposta.

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