Capítulo 23

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 — Camila? — David diz com a voz exausta. 

 — Eu... Eu estou tão preocupada! Como você está? — Seguro o choro.

 — Estou melhor! Onde conseguiu aquela água? 

 — Mamãe trouxe da viagem que fez! É água da gruta de Lourdes.

 — É! Eu sei! 

 — Vai estudar hoje? 

 — Não tenho condições! 

 — Posso encontrar você hoje? 

 — Claro! Eu te digo o local. Pela tarde! Pode ser?

 — Sim!

 — Tchau amor!

 — Tchau!

 Ligação encerrada. Mando um áudio para Copri dizendo que preciso encontrar ele às 11:00. 

 Entro em meu carro e dirijo até o xtreme. Entro, visto meu uniforme e caminho até o balcão. Abro o instagram e vejo que há uma atualização do instagram da Deborah. Vejo o story e fico perplexa. Há um post com o fundo preto, e a frase "Quem iria imaginar que você poderia me ferir da maneira que você fez. Tão cuidadoso, tão determinado! Desde que você se foi eu rôo minhas unhas por dias e horas e questiono minhas próprias perguntas continuamente. Então me diz agora, me diz agora porque você está tão distante? Quando eu ainda estou tão perto. Você nem mesmo sabe o significado das palavras 'Me desculpe'. Você disse que me amaria até morrer e até onde eu sei você ainda está vivo, amor." Fico ali tentando entender aquele post. Será que Copri terminou com ela?

 — Camila, mensagem de declaração? — Pergunta Alec.

 — Ah... Não! 

 — Está sorrindo! 

 Tento disfarçar e começo a atender as mesas. Coloco uma música bem feliz e danço por todo o salão. Agora que percebi que não acordei às 03:15. Na verdade nem lembro dessa madrugada. Sirvo todos bem sorridente e sou muito elogiada pelo serviço hoje. Canto, danço com Alec, beliscamos alguns produtos e rapidamente o relógio bate às 11:00. 

 — Alec, preciso ir! Você pode assumir por mim? 

 — Claro! 

 Vou para o banheiro trocar de roupa. Fecho a porta tiro o uniforme e visto meu short jeans branco, minha camiseta rosa bebê e ajusto minha rasteirinha. O clima cai de uma forma bem brusca e então levanto o rosto rapidamente. Pelo reflexo, vejo uma enorme fumaça negra dar forma a um ser humanoide. É lilith. Engulo a saliva e respiro muito forte. 

 — Você! — Ela abre um sorriso.

 — O que quer? 

 — O que eu quero? ha ha ha ha. Você está uma menina muito brava. Precisa ficar calma!

 — Fala logo e sai daqui! 

 — Muita calma! Respeite-me. 

 — Por Deus! O que você quer em nome de Jesus? 

 Lilith fica completamente brava ao ouvir o nome de Jesus e avança em minha direção.

 — Cale essa boca! Você vai terminar com David querendo ou não! — Ela grita.

 — Isso é o que veremos! — Digo com deboche e caminho até a porta do banheiro.

 — Até meio dia eu quero que você termine com ele. — Ela diz, mas mais calma. — Ou... eu darei meu jeito.

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