Capítulo 7

112 20 16
                                        

Estou deitada, meus olhos estão abrindo lentamente e a imagem ainda está muito turva. Fechos os olhos e quando abro, a imagem está mais ajustada. Estou no hospital da cidade.

— Meu amor. — Minha mãe salta da cadeira e vem correndo até mim. — Meu amor, meu amor, meus amor!! — Ela começa a me encher de beijos.

— O que estou fazendo no hospital? — Pergunto e tento me sentar na maca, mas não consigo. Meu pescoço está travado.

— Você caiu da escada e acabou machucando muitos ossos. O médico disse que você vai precisar repousar bastante e usar o colar cervical durante esse final de semana.

— Porra!! Eu to tão ferrada assim?

— Sim. Você lembra como foi essa queda filha?

Minha cabeça dói e eu lembro de tudo que aconteceu.

— Não! Eu tinha acordado e estava meio zonza... Não lembro de mais nada, só de querer ir até a cozinha. — Minto, pois, do jeito que mamãe é neurótica com essas coisas ela iria achar que eu estava possuída.

— O bom é que você está bem e vai voltar para casa ainda hoje.

5 horas depois...

Já estou em casa deitada em minha cama.

— Mãe, pode colocar o relógio dentro do meu campo de visão?

— Posso sim meu amor.

Mamãe arrasta uma cômoda para perto de mim e coloca o relógio em cima. Aquilo é? Uma sexta-feira? Como assim?

— Quem mexeu no meu relógio? — Pergunto.

— Você que pediu para eu colocar ele aqui.

— Não estou falando sobre isso. Alguém mexeu nele. Sexta-feira?

— Querida, estamos em uma sexta-feira!! Você ficou desacordada desde a segunda.

— Como assim? Não! Não pode ser!

A porta se abre lentamente e papai vem até mim.

— Minha princesa mais linda... Olha o que papai comprou para você. — Ele mostra uma bolsa cheia de Donuts. — Fiquei tão preocupado com você.

— Pai, eu não posso ter ficado desacordada durante esses quatro dias!

— Calma meu anjo. Já passou!! — Ele senta ao meu lado na cama e me dá um beijo na cabeça.

— O importante agora é que você repouse bastante. Deixarei esse sonzinho na sua mão, se precisar de qualquer coisa é só apertar o botão que ele alarma!! — Diz mamãe.

Aperto o sonzinho para fazer um teste e ele libera um som estridente por toda a casa.

— Acho que não vamos deixar passar despercebido. — Diz papai rindo no final.

— Descanse meu amor. — mamãe beija minha cabeça e logo em seguida papai faz o mesmo.

— Nós te amamos!! — Diz papai.

— Também amo vocês. — Digo.

Eles fecham a porta e eu fico olhando o teto lembrando de tudo que me aconteceu nos últimos dias. Como Copri pode ser um anjo? É impossível!! Sempre escutei que os anjos existem e eu até acreditava, mas eu nunca coloquei fé na aparição deles em forma física. Depois de pensar muito finalmente durmo.
Acordo assustada e para minha sorte e espanto consigo sentar-me na cama rapidamente. Analiso o quarto e vejo alguém parado no canto. Consigo identificar apenas a silhueta.

Extranatural Onde histórias criam vida. Descubra agora