Capítulo 13

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Vamos ao térreo e seguimos para a rua.

— Não vamos de carro? — Pergunto.

— Vamos! Mas antes você precisa trabalhar algumas coisas. — Diz ele e eu começo a acelerar os passos para alcança-lo. — Concentre-se bem e me diz o que vai sentir dentro de 10 segundos.

Conto mentalmente e então sinto uma energia tão forte que chego a ficar tonta.

— Uma... Energia muito forte!

— Concentre-se! Foque em cada detalhe!

Começo a fazer o que ele sugeriu e então consigo interpretar que a energia está sendo emanada de três pessoas. Agora posso sentir que são três homens de intenção moderada.

— Três homens com intenção moderada, sem risco! — Digo.

— Perfeito! Isso é o que nós chamamos de faro! É capacidade de receber energia das pessoas e interpreta-las fielmente. Os sobrenaturais transmitem energia mais forte, por isso ficou tonta, pois são três.

Viro os olhos para a direção em que a energia se encontra e então vejo três rapazes sentados em um restaurante.

Copri entra no carro e se joga na estrada, menos de 40 minutos já estamos em frente para a pedra do riacho.

— Vamos começar pelo mais básico! Velocidade! — Diz ele.

— Como faço isso?

— Agora que já tem 18 anos e que Zadkiel te devolveu a memória, creio que só será necessário correr. Mas, antes é necessário também muita concentração! Terá a capacidade de identificar objetos em um super velocidade. Corre no já. 1, 2, 3 e... já!

Ele diz e eu me lanço a correr. Nesse momento vejo toda a floresta passar por mim em uma velocidade surreal e percebo que 20 metros antes dos obstáculos já os consigo ver. Pulo galho, pedras, fujo de buracos e volto para o ponto inicial sem nem ao menos me cansar.

— Muito bem! — Diz Copri.

— Isso foi demais! Sério mesmo! — Digo.

— Agora vamos ao reflexo... — Ele diz isso e lança uma pedra em minha direção mas rapidamente desvio para o lado. — Está funcionando, mas precisa aprender a lutar. Velocidade, agilidade, atenção, punho fechado, pernas dividindo o peso do seu corpo e prontas para tomarem qualquer direção. Nunca dê as costas e nunca cubra seus olhos. incline-se sobre seu oponente, finja atacar a cabeça, e então ataque o corpo ou vice versa.

Ele abre bem as pernas e vem em minha direção, tento desviar para o lado, mas ele me pega pela cintura e me lança ao chão.

— Ai! — Digo.

— Sem fraqueza, Proles!

Levanto, respiro e corro em direção a ele, mas ele chuta meus pés lançando-me novamente ao chão.

— É sério isso?

Levanto e chuto a barriga dele, o que faz ele cambalear um pouco para trás. Ele estabiliza o corpo e chuta-me novamente. Vou ao chão!

— Que droga!

Levanto e corro em direção à ele, ao chegar, lanço meus pés em seu rosto e ele cambaleia para o lado direito, tenta se defender com a mão, mas eu a chuto de depois o empurro contra a árvore. Prendo o pé em seu pescoço e coloco as mãos em posição de ataque.

— É exatamente isso! — Diz ele.

— Desculpa! — Digo e o liberto.

— Você está indo bem, Proles!

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