Capítulo 14

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— Bom dia Proles!

Essas palavras fazem com que eu retorne ao presente e acorde. Abro os olhos e vejo Copri parado na porta com os braços cruzados.

— Bom dia! É... que horas são? — Pergunto ao sentar na cama.

— 09:38

— Chegou que horas?

— Às 06:30! Precisei resolver negócios com um velho amigo. Fiz uma divulgação puxada e haverá muita gente no evento, mas você dançara na área VIP, a área que provavelmente ele estará! Uns 25 homens aproximadamente.

— Que horas será?

— Pela noite! Por volta das 20:40. Está treinando?

— Sim!

— Ótimo! Agora vá comer.

Levanto, tomo banho e vou à mesa. Como um pão de alho que Copri preparou e tomo um suco de laranja.

— Com quem você estava conversando ontem? — Pergunto, mas Copri não me responde. — Como estão as coisas com Deborah?

— Estamos bem! E você com o sanguessuga?

— Estamos bem! — Nem estamos namorando na verdade, mas não posso ficar por baixo. — Agora preciso ensaiar! — Digo e levanto.

— Estarei aqui! — Diz ele.

Sigo para o quarto, visto a roupa e coloco uma música árabe para tocar. Começo com passos lentos, acelero de acordo com a música, coloco a espada equilibrada em meu peito e mexo o quadril de um lado a outro. Giro, balanço, jogo o cabelo, tremo o quadril, tremo o peito, faço gestos árabes com as mãos, mexo a barriga lentamente, pego o lenço e dou voltas por todo o quarto. Coloco as mãos no cabelo e mexo a cintura da esquerda para a direita e vice versa. Começo a sorrir e me sinto totalmente livre. Mas é na terceira volta pelo quarto que sinto meu corpo travar. Copri está na porta me olhando! Fico respirando profundamente enquanto olho nos olhos dele. É tão sexy, tão bonito, tão confortante, tão acolhedor e... tão perigoso! Ele entra no quarto e caminha lentamente até mim.

— Dança para mim? — Ele pergunta.

Meu coração acelera e meu corpo queima. Fico sem resposta, apenas respirando profundamente, sem nenhuma reação! Copri caminha até o som, aperta o play e senta na cama. A música começa e ele fica apenas me olhando. Crio coragem e pego o lenço grande. Giro cincos vezes, jogo o véu para cima e depois o coloco sobre o peitos. Jogo o lenço atrás do pescoço dele e balanço meu quadril ferozmente. Copri abre um sorriso sacana e eu afasto-me um pouco mais, pego a espada, coloco na cabeço e faço o passo do camelo lentamente. Tiro a espada da cabeça, coloco no peite, empurro delicadamente Copri na cama com o pé até ele deitar completamente. Ele coloca as mãos atrás da cabeça e faz uma cara de homem totalmente perigoso. Subo na cama e abro as pernas fazendo com que cada pé fique de um lado do quadril dele e então balanço o quadril e mexo a cintura lentamente. Copri agora começa a alisar minha panturrilha e eu salto da cama retornando ao chão. Viro de costas para ele e curvo apenas meu tronco para trás fazendo uma espécie de ponte incompleta e então começo a mexer os braços e passar as mãos pelo rosto dele. Sorrio e ele retribui. Levanto lentamente, mas ao ficar ereta sinto a mão dele envolver minha cintura e virar-me de frente para ele. Estou com as mãos pousadas no peito dele, encarando-o e respirando super forte. Ele envolve minha cintura com seus braços e analisa todo o meu rosto.

— O que você está fazendo comigo? — Pergunta ele.

Fico apenas encarando-o no fundo dos olhos, mas sou puxada para um lugar totalmente diferente. Agora estou em um beco e percebo que é no Egito moderno, sigo algumas curvas e então escuto vozes.

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