Capítulo 24

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É isso! Lilith conseguiu destruir uma parte da minha vida. Copri me olha sem entender nada. Seu corpo está coberto de sangue e ele parece dolorido e fraco. Passo a mão por meu cabelo, engatinho até Copri. Ele está tossindo.

— Vai ficar tudo bem! — Digo em um tom sereno.

Tiro a camisa dele e começo a limpar e estancar o sangue do seu corpo. Há inúmeros arranhões, buracos e hematomas em seu corpo. Limpo vários locais, cubro outros, tento ajustar suas asas e então tento levantá-lo.

— Ai! — Ele geme.

— Calma! Está tudo bem!

Coloco um braço dele por volta o meu pescoço e começo a caminhar até o carro. Sigo outro caminho para evitar a ladeira íngreme. Copri vai gemendo durante todo o caminho. Ele pesa demais, mas faço o maior esforço para que ele não caia no chão. Seguro em algumas árvores para recuperar o folego e a força e logo retomo a caminhada. Ao chegarmos no carro, coloco Copri sentado no banco de passageiro e sento no de motorista. Ligo o carro, dou ré e acelero assim que chego na estrada.

— Amanhã! Começaremos a montar a adaga amanhã! Hoje vá em minha casa para resolvermos como vamos fazer! — Digo com frieza. Quero Lilith no inferno em breve. O ódio que estou dela não dá para colocar em uma folha.

Ele segue deitado no banco, totalmente curvado e fraco.

Noite.

Deixei Copri em casa e agora estou estacionando em frente a minha. Desligo o motor e desço do carro. Vou caminhando até a porta.

— Você não tem mesmo vergonha na cara, não? — Diz uma garota atrás de mim.

Viro e lá está Deborah. Usando uma calça jeans preta, top vermelho e um saltinho preto. Ela caminha debochadamente até mim.

— É aqui o galinheiro que você dorme? Tão... puta! Eu soube que você foi na casa de Copri! Ele terminou comigo e isso não vai ficar barato. Por que você simplesmente não se mata? É tão inútil, patética, feia, sozinha... — Ele chega bem próxima a mim.

Desço os degraus e caminho até ela.

— Por favor... O que você quer? — Digo.

— Sua morte! Vadia! Se dependesse de mim você estaria morta! Sua merda, lixo, piranha! — Ela cospe em minha cara. — Tenho nojo de você!

Limpo o cuspe e olho bem para os olhos dela.

— É isso que você merece! — Ela bate em minha cara e eu caio no chão.

— Eu sinto muito por você!

Levanto e soco um murro na cara dela. Deborah cambaleia e antes de se recuperar e dou uma joelhada em sua barriga. Ela cai de joelhos na minha frente. Puxo o cabelo dele e bato em sua cara uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete vezes.

 — É isso que você merece! Sua cachorra! Porca, vazia, sozinha! Ninguém nunca gostou de você. Você vai apanhar como sempre mereceu, mas nunca apanhou. — Volto a bater na cara dela.

 Esmurro nove vezes o seu rosto, jogo ela no chão e chuto suas costelas por umas três vezes. Pego em seu ombro e levo ela até uma parte molhada do gramado.

 — Sabe onde porca fica? Vou te mostrar agora! Veio aqui buscando roça e viveiro de animal, não foi? Então...

 Pego a cabeça de Deborah e arrasto na lama até deixar completamente suja. Levanto sua cabeça.

 — Agora vá caminhando devagarzinho até seu carro! — Solto a cabeça dele e ela me encara com ódio. — Anda! Vai!

 Ela começa a andar em direção da sua mercedes.

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