Capítulo 22

42 14 9
                                    


Estaciono o carro na minha vaga de sempre e sigo até a sala. Sento na mesma cadeira de sempre e então Copri entra na sala e caminha até mim.

— Preciso conversar com você! — Ele diz através da mente.

Fico calada pois ainda não sei direito como fazer isso.

— Não sabe como faz, não é? — Ele fala na minha mente e vejo que ele tentou conter uma risada. — É só pensar numa frase e imaginar que ela está vindo até vim.

— Tá! O que é? — Faço o teste.

— Ótimo! — Ele diz. — Na hora eu digo e você sai da sala. Me encontre no área florestal.

— Por que não fala por mente?

— Seu namoradinho ou outro ser pode acabar capitando facilmente.

Não gostei como Copri usou a palavra "namoradinho".

— Meu namorado não é uma ameaça! — Digo.

— Que se foda! Prefiro ele longe dos meus planos.

Nesse momento David surge na porta da sala e senta ao meu lado.

— Bom dia amor! — Diz ele.

— Bom dia! — Ponho meu material sobre a mesa. — É... Meu pai pediu para que você fosse lá para casa hoje!

— Ótimo! Já estou com saudade do meu sogrão. — Ele abre um sorriso.

— Você é tão patético! Não sei por que ainda insiste em forçar a barra. — Diana implica.

— Não tenho culpa se eles gostam de mim.

— Eles gostam de você por que passaram apenas alguns minutos com você. Eu particularmente não suporto mais a sua cara! Você roubou minha melhor amiga!

— Não cuidou porque não quis!

— Camila, não reclame quando eu bater no seu namorado.

Começo a rir. A senhorita Jessica entra na sala e começa a ministrar os conteúdos da aula. Ela está usando um vestido vermelho sexy e curto, e seus cabelos estão em um penteado lateral muito deslumbrante. Ela consegue prender a atenção de todos os alunos.

— Agora! — Diz Copri através da minha mente.

— Com licença! —Digo para a professora e saio da sala.

Percorro corredor coberto de armários, mas agora com pouquíssimos alunos trafegando. O corredor leva-me até as duas portas enormes que dividem a parte interna do colégio da área florestal. Atravesso a quadra, passo algumas árvores e mesas e sento em um banquinho de madeira. Fico ali apenas balançando a perna. Copri surge na porta, olha de um lado a outro e depois caminha em minha direção.

Pix, pix, pix. Soam os passos dele enquanto pousam nas poças de água.

— E então? — Digo assim que ele chega perto de mim.

— Descobri muitas informações novas sobre a adaga Angel! — Ele senta ao meu lado e eu afasto-me um pouco. Não quero ficar tão próxima de Copri.

— Quais são?

— Ela não existe mais!

— Ah! Ótimo! Você tem a informação de que ela não existe mais e precisou me chamar aqui para falar isso? — Começa a bufar e balançar a perna.

Extranatural Onde histórias criam vida. Descubra agora