Capítulo • 14

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*Capítulo Revisado*

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O tempo tem um jeito estranho em nos fazer sentir sempre como reféns dele

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O tempo tem um jeito estranho em nos fazer sentir sempre como reféns dele.

Isso sempre acontece, porém depois que conheci Diogo McDemott, essa afirmação apenas se tornou ainda mais verdadeira; uma semana se passou, e depois disso mais semanas se passaram igualmente rápidas. Ao meu redor tudo virou apenas um borrão, me senti como uma telespectadora da minha própria vida, estava vivendo no automático e apenas acordei quando chegou na semana do meu aniversário.

Sobre o Diogo, nessa passagem rápida das semanas, foi encaminhado para o quarto. O seu quadro clínico apresentou bastante melhora durante essas semanas; para nosso alívio e de sua família. Infelizmente agora o que nos restaria era a espera. Espera para que ele acordasse sozinho.

Aquela confusão de sentimentos dentro de mim simplesmente sumiu, ou pelo menos eu espero que tenha sumido por completo. Não entendi o que houve e ainda não entendo. Mas o alívio a cada vez que eu chegava perto dele e não sentia aquela angústia por não saber o que estava acontecendo comigo, era enorme. Acho que Eleonor pode ter notado isso, ao olhar para mim e não ver algo que lhe indicasse o que eu sentia pelo seu filho.

Isso não a fez me tratar mal, pelo contrário, a família McDemott tem me acolhido de um modo que aquece meu coração, me tratam como se eu fosse da família. Ao fazerem isso, sinto uma melancolia por lembrar dos meus pais.

Minhas mãos estão trêmulas e o prontuário que estou segurando prova o que realmente estou sentindo. Respiro fundo para controlar minha emoção.

Chegamos tem poucos minutos, e Jade com relutância me deixou na sala onde guardamos nossos pertences. Ela sabe o quão mal fico nesse dia. Entretanto, não posso deixar de lado meus pacientes por causa disso. Ao entrar no hospital tenho que tentar ao máximo deixar o que quer que tenha acontecido comigo para fora.

Mas sempre é difícil, ainda mais nesse dia em questão. Hoje eu completo vinte e três anos, e infelizmente se completa dezesseis anos que meus pais morreram. Mesmo depois de tantos anos, ainda se é difícil passar por esse dia. Foram longos anos de consultas com uma psicóloga para conseguir suportar um pouco mais o que aconteceu, mas não há terapia que me faça esquecer meus pais e a tragédia que ceifou suas vidas.

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