•| Irmãos McDemott - Livro 1
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), tortura explícita e palavras de baixo calão.
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O que fazer quan...
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— Eles formam um belo casal. — Ouço a voz de uma mulher.
Abro os olhos lentamente e a claridade os fere um pouco, quando me acostumo com essa luz matinal, noto Cristian e Eleonor me encarando com carinho. Minha confusão dura alguns segundos, antes de sentir uma respiração na minha nuca e braços firmes ao meu redor. Sem poder controlar minhas reações, minhas bochechas esquentam violentamente e creio que devo estar mais vermelha que um pimentão, quando um pequeno sorriso se forma em seus lábios sinto vontade de me esconder.
— Bom dia — cumprimento, e recebo um bom dia em uníssono.
— Está melhor, querida? — pergunta Eleonor enquanto seus olhos seguem até meu braço imobilizado.
— Sim — respondo automaticamente, mas com seu olhar de uma mãe quando sabe que um filho está mentindo, suspiro e respondo sinceramente. — Apenas um leve incômodo, daqui a pouco serei medicada novamente. — Tento me sentar na cama sem despertar o belo adormecido atrás de mim enquanto retiro seus braços da minha cintura, prendo a respiração quando meu corpo protesta de dor por ter dormido em um lugar tão pequeno.
— Entendo, Safira — diz, Eleonor.
— Descobriram algo? — pergunto, e eles trocam um breve olhar, algo que não gosto nem um pouco.
— Infelizmente não, Safira — Cristian responde por fim.
— Sinto que querem esconder algo de mim. — Suspiro. — Não irei ficar os questionando muito.
— Não queremos envolvê-la ainda mais nessa situação, temos medo que possa correr ainda mais perigo. — Eleonor troca mais um olhar com o marido antes de continuar. — Sentimos muito por você ter se machucado apenas por estar relacionada a nossa família.
— Não fale isso, Eleonor — falo exasperada. — Tem como estar mais em perigo do que ao lado do filho de vocês?
Ai, essa pergunta é como um tapa na cara.
— Obrigado por lembrar disso, Safira. — Ouço uma voz grave, porém sonolenta atrás de mim.
— Desculpa mas essa é a verdade, Diogo — murmuro, e o sinto se sentar na cama, pelo gemido baixo que escapa, a dor ainda é sua companheira.
