•| Irmãos McDemott - Livro 1
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), tortura explícita e palavras de baixo calão.
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O que fazer quan...
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— Pai, não estou sendo precipitado — falo pela terceira vez desde que revelei à eles sobre a adoção.
— Cristian, não seja assim — repreende, minha mãe. — Filho, saiba que tem o meu apoio.
— Elle, eu apoio ele mas o garoto mal acordou e formou uma família. Estou surpreso. — Meu pai tenta se defender.
Agora, ironicamente, voltei a ser um garoto.
— Meu bebê, puxou ao pai — Minha mãe provoca, e reviro os olhos quando me chama de bebê. — Não tente negar, Cristian, que você agiu do mesmo modo quando me conheceu e depois aconteceu aquela merda comigo e meu irmão, você nos amparou sem pensar duas vezes.
Inferno! Sempre odeio quando minha mãe fala sobre seu passado, pois meu ódio pelos meus supostos avós apenas aumenta.
— Mãe, não sou um bebê, tenho quase trinta e um anos. — Mudo o assunto rapidamente quando meu pai encara minha mãe com pesar, e a mesma está com o olhos brilhando com lágrimas contidas apenas por lembrar do seu passado. — Não é bom ficar me chamando de bebê na frente de todo mundo.
— Estou percebendo que não é mais bebê... — Se aproxima e puxa a gola da minha camisa para que eu fique quase da sua altura. — Isso é um cabelo branco? Querido, juntando isso e os seus resmungos toda hora, começarei a chamá-lo de velho babão. — Estala a língua, e eu a encaro chocado.
— Mãe! — Encaro meu pai que tenta segurar a risada. — O senhor não irá falar nada?
— E eu consigo vencer algum argumento da sua mãe?
Minha mãe apenas sorri vitoriosa e me sinto o filho mais feliz do mundo apenas por ter conseguido driblar aquele momento de tristeza, pois gosto de ver meus pais apenas assim, felizes e brincando.
— Diogo. — Ouço Marcus me chamar, ao me virar o encontro parado na porta.
— Ela chegou? — Não escondo o temor em minha voz.
— Sim, está conversando com a Safira.
— Tudo bem, estou indo — aviso, e ele apenas acena para meus pais antes de ir embora.
— Quem, meu filho? — pergunta, minha mãe.
— A assistente social.
— Quer que eu lhe acompanhe? — Meu pai propõe.
— Não precisa, pai. — Dou alguns passos em direção a porta mas paro quando lembro de algo. — Apreciaria se o senhor pudesse dar uma olhada sobre assunto para mim, minha especialidade não é adoção. Se bem me lembro, o senhor tem um amigo que é especialista em adoção.
— Sim, filho — pausa, e parece tentar se recordar de algo. — Se não estou enganado também, ele é especializado, apenas não sei se está atuando ainda. Mas conversarei com ele, tenho certeza que poderá nos orientar melhor nessa situação delicada.