07/12/2018
Estou desiludida comigo mesma. Outra vez.
Depois de longos 4 meses em que consegui finalmente engordar, bastou duas semanas para perder tudo o que ganhei. Menos dois quilos. Dois quilos que parecendo que não, ou talvez fosse tudo fruto da minha imaginação visto que estava a chegar ao meu objectivo (os meus tão esperados 56), enchiam-me as peles, cobriam-me os ossos, faziam-me sentir mais bonita, mais cheia, mas eu. E tudo porquê? Porque fiquei doente. E porque é que fiquei doente? Porque tive uma crise. E porque é que tive uma crise, perguntam vocês? Porque sou fraca. Era fraca, sou fraca e vou continuar a ser fraca ao ponto de não aguentar que o mundo me caia ao pés. Porque quando sinto uma mão no meu ombro todo o meu corpo embate no chão, porque é demasiada pressão e eu não pedi para lidar com isto.
Há dias em que eu não consigo, apesar de suportar eu não consigo. Momentos em que a exaustão toma conta de mim. Pega-me nos seus braços e balança-me até eu adormecer, até eu fechar os olhos, até eu apagar completamente e ter crises e crises e crises e crises que me levarão ao corredor das urgências do hospital. Sofro de algo que não tem cura.
Hoje é mais um daqueles dias em que estou cansada. Cansada de quê? Muitos me perguntam. Eu respondo:"Merda. Estou cansada da vida."
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as cartas que nunca leste
Non-Fictionescrever atenua a dor na alma portanto talvez assim a minha fique mais leve