as cartas que nunca leste

positivity

10/04/2018

É cansativo manter-me firme e tentar espalhar positividade quando alguém próximo a mim não está bem, porque não quero de todo piorar ou contribuir para o mal estar dessa pessoa, sendo que por dentro estou toda destruída, a precisar de um ombro para chorar ou de um abraço reconfortante.
Sei o que é sentir-me no fundo, sem qualquer pedacinho de esperança no meu coração e com falta de fé na alma, e é por conhecer essa sensação que recuso-me a deixar aqueles que iluminam a minha vida seguirem o caminho da escuridão - que eu conheço tão bem.
Gostava de saber aconselhar ou até saber dizer as palavras certas nos momentos certos, conseguir dar um abraço sem pensar que, quanto mais próxima de uma pessoa estiver maiores vão ser as chances de se aproveitarem da minha vulnerabilidade, mas simplesmente não consigo. Há algo no meu cérebro que me bloqueia. Que me faz agir de uma forma estupidamente ridícula.
Portanto fico a desejar que a minha presença seja o suficiente para acalmar os bichinhos maus que torturam aqueles que gosto.
E pode ser exaustivo dar tudo de mim num curto espaço de tempo, mas pior é a ideia de deixar alguém desamparado quando posso tentar contribuir para o seu bem estar. Seria mais um tormento para adicionar à lista.

Ofereço ajuda quando preciso de ajuda sendo que estou a ficar sem energia. Preciso de me recarregar.