14/05/19 2am
Tens acesso a uma parte de mim que nunca ninguém teve. Dei te permissão para me conheceres de uma maneira que mais ninguém conhece. Deixei te entrar na minha cabeça, alma e corpo sem pensar nas consequências que isso podia causar.
Confio em ti. Sempre confiei. E até que me proves o contrário irei sempre confiar.
Nunca falei tanto de mim a alguém e nunca pensei dar tanto de mim da maneira que dei. Mas as coisas acontecem das maneiras mais estranhas e das formas mais inconscientes e só nos apercebemos do que nos sujeitamos pouco tempo depois de realizarmos as nossas acções.
Foi o que aconteceu contigo. Num dia estavas fora, noutro estavas dentro.
Houve alturas que me deste a mão e outras que tiveste de largá-la.
Não é a primeira vez que falo de ti aqui e provavelmente não será a última e lembro-me vagamente de em tempos achar que havia algum tipo de arrependimento por ter-te contado algo que poucos sabem. Como mencionei no outro texto, não estou arrependida disso. Não me arrependo de falar. Assim como agora também não me sinto arrependida de ter deixado que a vida te metesse à minha frente, de uma outra maneira.
Tão pouco sinto-me magoada pelas tuas decisões. Sejam elas boas ou más. Faças o que fizeres vou estar aqui para ti, até mo permitires. Na verdade, só quero ver-te feliz.
Ninguém usou ninguém. Ninguém magoou ninguém. Ninguém gosta de ninguém. Há coisas que acontecem e nem a pessoa mais poderosa deste universo é capaz de explicar o porquê de acontecerem. Eu parei de tentar encontrar uma justificação para tudo. Agora vivo.
E eu vivi, contigo. Eu superei receios, contigo. Eu consegui sentir-me bem, contigo.Por isso segue em frente. Aposta na vida porque só tens uma. Cai no mesmo erro as vezes que forem precisas até perceberes o que realmente queres... o que realmente faz-te bem.
Porque se há coisa que eu quero, é ver-te feliz. E se há coisa que desejo, é ver-te crescer. Espero que me continues a dar permissão para continuar presente. Por favor.
Agora só te devo uma coisa. Um grande obrigada, meu bem.
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as cartas que nunca leste
Non-Fictionescrever atenua a dor na alma portanto talvez assim a minha fique mais leve