18/08/2017 7pm
Sinto-me bem. Sinto-me livre.
Não há correntes a prenderem-me, não há vozes a dizerem o que fazer, como fazer e em que situação fazer. Não há murmúrios do quão feia possa estar, do quão ridícula possa estar a ser, do quão pé de chumbo possa ter.
Não há nada a incomodar-me.Há uma rapariga feliz, rodeada de pessoas que gosta, a dançar ao som de músicas conhecidas, a viver a vida.
Há uma rapariga decidida, uma rapariga que não pensa em esforçar-se para agradar os outros, uma rapariga que prefere satisfazer-se ao invés de se preocupar com aquilo que os outros pensam.Mas apesar de ser tudo isto quando tenho álcool a percorrer-me o sangue, quando não o tenho sou infeliz.
E isso é triste.
É triste ter de depender de algo que pode acabar por destruir a minha vida, para puder viver.
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as cartas que nunca leste
Não Ficçãoescrever atenua a dor na alma portanto talvez assim a minha fique mais leve