28/04/18 11pm
Nunca recusei ajudar ninguém e penso que nunca vou recusar, mas apesar de estar sempre de braços abertos para receber os problemas de quem seja, sinto que é injusto depositarem tanto peso nos meus ombros.
Eu quero que todas as pessoas que me rodeiam sintam-se bem, quero vê-las sempre com um sorriso na cara. Se tiver de rastejar, rastejo com elas mas assim como qualquer ser humano habitante neste planeta, continuo a ter os meus problemas para tratar, traumas para cuidar, receios para eliminar....
É exaustivo ter sempre na cabeça uma voz que diz-me "ajuda, ouve, não julgues, compreende, tenta arranjar solução" no que toca aos outros, quando eu mesma já não consigo suportar o meu próprio peso.Vou continuar a tentar, vou continuar a ajudar. Mas também vou começar a olhar mais para mim, cuidar mais de mim e sobretudo pensar mais em mim. Não é um acto de egoísmo mas sim de amor próprio - e pouco ele existe.
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as cartas que nunca leste
Nonfiksiescrever atenua a dor na alma portanto talvez assim a minha fique mais leve