quinquagésimo terceiro

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53. primeiro amor
MIN YOONGI

Eu não sabia o que havia acabado de acontecer, mas eu gostei. Nunca havia visto Hoseok tão determinado desde que o conheci e se o segredo era desafiá-lo, eu tentaria mais vezes.

Nós praticamente não tomamos banho, não quando ele estava me prendendo contra a parede úmida e seu corpo, segurando uma de minhas pernas com seu braço e me fazendo surportar grande parte do meu peso com apenas uma perna.

Toda vez que ele me prenetava eu sentia o oxigênio em meus pulmões sumirem, ele não estava se preocupando em ser delicado, apesar de ainda haver cuidado em seus toques e estocadas, se certificando de que eu não sentisse nenhuma dor. Era intenso e envolvente de uma maneira tão singela que eu me sentia intoxicado, cada parte do meu corpo queimando de uma maneira nunca sentida.

Chegava a ser surreal como eu me sentia, como ele me fazia sentir. E durante todo aquele nosso momento, ouvindo seus gemidos no pé do meu ouvido, seus grunhidos e seus toques mapeando meu corpo como se ele fosse algo e ser adorado, algo que gostaria de perder. Eu me sentia quase como um deus com Hoseok. sua maneira de me olhar e me tocar me deixavam zonzos porque era facíl ler neles cada uma de seus sentimentos, e por mais que eu tivesse noção do que ele sentia por mim, ainda me sentia afogando naquelas sensações.

Eu nunca havia sentido prazer tão forte, apenas com Hoseok. Ele fazia minha mente se tornar nublada, qualquer pensamento sumir da minha cabeça, não havia nada além de intensidade cegando meus sentidos, me transformando numa completa bagunça de gemidos e pedidos desconexos.

Meu corpo respondia ao seus toques imediatamente, por onde suas mãos passavam descargas elétricas disparavam pelo meu corpo inteiro. Isso me fazia enfraquecer, minhas pernas quase cedendo se ele não estivesse me segurando. Me fazendo agarrá-lo ainda mais em busca de suporte.

Ele tampava minha boca, abafando todos os meus sons enquanto me fodia com propriedade, me obrigando a prometer que nunca mais iria desafiá-lo, mesmo que estivesse vendo que era impossível naquele momento eu conseguir falar sem me engasgar em busca de ar. Eu precisei sussurrar vários pedidos de desculpas enquanto seus movimentos cadenciados me levavam a um plano superior, um lugar onde eu nunca havia ido e quando os espasmos tomaram conta do meu corpo, sua mão voltou ao meu pescoço ao mesmo tempo que minha visão escurecia e nada do que eu sentia poderia ser explicado com simples palavras.

Era arrebatador. Era intenso e não sabia como assimilar todas as novas sensações que vinham de uma única vez.

E quando eu cheguei ao meu ápice, ofegante e fraco, meu corpo quase cedeu completamente assim que Hoseok saiu de dentro de mim.

— Calma, pequeno. — ele riu, segurando minha cintura e me mantendo em pé. Eu ainda tinha os olhos arregalados e tentava respirar normalmente — Yoongi, tudo bem?

Sua voz soava preocupado, mas eu estava muito surpreso pra falar.

— O que foi isso? — pergunto, encarando seus olhos e ele estava confuso — O que acabou de acontecer?

— Sexo? — pergunta sem ter muita certeza, me colocando debaixo do chuveiro morno, pegando uma esponja e colocando sabonete líquido.

— Okay. — sussurro ainda tentando assimilar. Poderia ser besteira, mas mesmo não tendo orgasmo por quatro anos, aquilo não era normal. Hoseok deveria ter algum dom sobrenatural.

— Qual o problema? — pergunta rindo, só então percebo que ele estava me ensaboando suavemente com a esponja cheia de espuma.

— Não é nada. — sorriu de volta, deixando aquele assunto de lado — Me deixa te ensaboar também. — peço, pegando a esponja da sua mão e repetindo o mesmo processo que ele havia feito em só que nele.

Nós brincamos com as espumas, passando por nossos rostos. Hoseok fez uma barba de espuma no meu rosto enquanto eu ria da sua infantilidade, mas nós dois sabíamos que eu estava adorando.

— Meus dedos estão enrugados. — murmuro mostrando as pontas dos mesmo. Estava na hora de parar de brincarmos no banheiro, deveria ter se passado um bom tempo desde que estávamos ali dentro. Não que eu me preocupasse.

Hoseok me ajudou e o ajudei a se enxaguar.

— Me empresta uma roupa. — peço, me enxugando.

— Pega alguma. — falou abrindo seu guarda roupa, pegando alguma calça de moletom e uma camiseta regata.

Procurei por qualquer coisa grande o suficiente e confortável, encontrando um casaco de moletom oversized e o vesti. Ele ficava quase abaixo do meu joelho e as mangas cobriam meu braço.

— Você tá adorável. — ele riu, me puxando pela mão, me girando ao redor de mim mesmo e me trazendo de encontro a si.

Coloco meus braços sobre seus ombros enquanto ele coloca os seus ao redor da minha cintura. Nós nos movemos nossos corpos lentamente de um lado para o outro como se estivéssemos realmente dançando, nossas testas coladas e tínhamos os olhos fechados, apenas aproveitando o momento. Aproveitando nós dois juntos.

Todas às vezes que abraçamos uma o outro parecia tão simples, tão natural. Como se isso fosse o que realmente tinha que ser. Como se nós fossemos certos uma para o outro.

— Eu te amo. — sussurro, meus olhos ainda fechados e nossas testas coladas. Eu sabia que Hoseok tinha conhecimento dos meus sentimentos, mas havia uma necessidade nunca antes sentida por mim de repetir aquelas três palavras, de dizê-lo o quanto amava.

— Eu também te amo. — sussurra de volta, acariciando minhas bochechas e eu não percebo, mas de repente haviam lágrimas nos meus olhos.

Eu não choro. Min Yoongi não chora. Principalmente sem explicação como daquela maneira.

— Amor, o que aconteceu? — sua voz suave me desperta e eu sinto seus polegares enxugando minhas bochechas, havia um simples sorriso em seus lábios, um daqueles seus sorrisos convidativos que me faziam querer me agarrar ao seu corpo e nunca soltá-lo.

Eu não entendia meus sentimentos, mas era como se eles tivessem vida própria e eles me domavam, se é que isso era possível. Eu conseguia senti-los a flor da pele, me deixando sensível e eu acho que agora eu entendo o que as pessoas diziam sobre enlouquecer de amor. Eu definitivamente estava louco, perdendo a minha mente e era tudo culpa de Hoseok.

— Desculpa. — sussurrei, negando com a cabeça e tomando uma lufada de ar. Eu tinha que me acalmar — É só que, eu nunca senti nada parecido na minha vida. Eu passei um bom tempo acreditando que amava Namjoon e que ele era meu primeiro amor, mas eu só percebi agora que eu nunca o amei. Nunca. Nada do que eu senti com ele chega os pés do que eu sinto com você e isso me assusta, Seok.

Havia tanto sentimento presente em suas orbes, quase palpável e aquecia meu coração. Me fazia tremer, querer chorar, me perder em seus braços e nunca mais sair do conforto deles.

— Também me assusta. — murmurou. O seu toque em meu rosto é doce, como se eu fosse algo valioso e frágil, e por uma alguma razão somente aqueles toques me fazem chorar novamente — Eu nunca me apaixonei antes, Yoongi. Não dessa maneira. E eu nunca me permiti sentir nada parecido, me envolver com as pessoas.

O puxo para um abraço, sem me preocupar se minhas lágrimas molhavam sua regata e ele também não pareceu se preocupar. Seus braços me seguravam e era aquela segurança que eu só sentia ali, junto à ele que me dava tranquilidade.

— Por quê? — suspiro, sem a menor intenção de soltá-lo — Por que nunca se permitiu.

— Acho que o grande segredo de não perder algo e nunca ter o que perder. Eu só tive muito medo de me colocar vulnerável para alguém e acabar a perdendo. — explicou.

— Mas você fez isso comigo. Por quê? — pergunto novamente, afastando meu rosto minimamente para olhar em seus olhos.

— A cada dia que você espera é um outro dia que você nunca vai poder recuperar.

Minha expressão confusa o fez rir suavemente.

— Eu não iria me perdoar de não ter dado uma chance a nós dois. Eu soube que você valia a pena o risco desde que nós conhecemos.

— Você é meu primeiro amor, Hoseok.

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capítulo emotivo pq eu nao sei de onde essas coisas vem, me perdoem

INEFFABLE | yoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora