INEFFABLE | yoonseok

quinquagésimo segundo

52. desafio
JUNG HOSEOK

Quando cheguei em casa eram quase dez horas da noite e estava tudo escuro. Havia um bolo sobre a ilha da cozinha, mas nenhum sinal de Yoongi e Sunny.

Entrei no quarto de Sunny e os encontrei dormindo na cama. Me escorei na porta e os observei calmamente. Apenas a luz do abajur no criado mudo estava ligada, dando uma clara visão dos dois sobre a cama. Sunny tinha a cabeça sobre a barriga de Yoongi, enquanto o mesmo segurava um livro próximo ao seu peito.

Era uma cena tão simples, talvez até mesmo sem grande importância mas não para mim.

Era impossível ficar ainda mais apaixonado? Porque de alguma forma, o sentimento em meu peito só fazia crescer e eu o sentia me consumir inteiro.

Era engraçado como eu não conseguia me lembrar como era quando ele não estava. Como se eu não conhecesse nenhum tempo antes de Yoongi.

Me aproximo da cama, guardando o livro e o chamando baixinho para não acordar Sunny. Yoongi abre os olhos aos poucos, demorando um pouco para assimilar o que acontecia.

— Ei, pequeno. — sussurro, me ajoelhando no chão e lhe dou um beijo na testa, vendo seu sorriso preguiçoso quando me afasto

Eu o ajudo a sair da cama com cuidado, colocando o edredom sobre o corpo pequeno e frágil da minha irmãzinha, lhe dando um beijo de boa noite e desligo o abajur. Yoongi havia ido para o meu quarto.

Pego minhas coisas que havia deixado sobre o sofá, no entanto assim que chego no quarto sou praticamente atacado por Yoongi que me empurra até minhas costas baterem na parede com força e a próxima coisa que consigo processar são seus lábios junto aos meus.

Deixo tudo que estava nas minhas mãos caírem no chão e seguro sua cintura, juntando nossos corpos com extrema necessidade. Ele suspira, entrelaçando nossas línguas, explorando um a boca do outro.

— Eu senti sua falta. — sussurra com a boca colada a minha, sua respiração tinha gosto de hortelã e eu selei várias vezes nossos lábios — Passei o dia inteiro pensando em você, em te beijar e te abraçar.

Segurei seu rosto, meu polegar automaticamente acariciou suas bochechas e eu o puxei para o abraço. Nós ficamos por um tempo ali, talvez apenas alguns segundos ou minutos, mas com certeza se eu descrevesse aquele dia, chegar em casa e ser rebecido daquela maneira seria o ponto de destaque.

— Eu poderia te abraçar para sempre e mesmo assim não seria suficiente. — sussurrei, enterrando meu rosto em seu pescoço e absorvendo o seu cheiro natural. Yoongi cheirava a lar. Um cheiro aconchegante e suave.

Nós nos separamos apenas para que ele pudesse me dar vários selinhos, sorrindo como um completo bobo apaixonado. Ele não era o único.

— Eu vou tomar banho. — aviso assim que ele termina de me encher de beijos — Você está livre para me acompanhar. — sorri ladino, me apoiando no batente da porta do banheiro.

Yoongi abriu um pequeno sorriso envergonhado, que eu sabia exatamente que não passava de apenas uma encenação, aqueles olhos não escondiam suas verdadeiras intenções.

— Onde você aprendeu a ser tão atrevido? — pergunta fingindo estar chocado, entretanto caminha até mim calmamente. Encosto minha cabeça no batente e entro na sua brincadeira.

— Você não viu nada. — estalo a língua e pisco para ele, recebendo uma gargalhada suave do menor enquanto o mesmo começava a desabotoar minha camiseta com normalidade.

— Está tentando me seduzir, Hoseok? — pergunta, forçando um tom de reprovação mas o seu sorriso presunçoso e suas mãos descendo pela minha barriga assim que desabotou minha camisa é um contraste.

— Algo me diz que já consegui, hyung. — sussurrei, não havia necessidade para falar alto, Yoongi estava tão próximo que nossas respirações eram apenas uma.

Seus dedos vagaram suavemente pela minha barriga, até o cós da minha calça, a abrindo com praticidade. Não ousei parar de encarar seu rosto, sinceramente Yoongi tinha uma maldita facilidade de me excitar e me enlouquecer de uma maneira doentia, e o desgraçado sabia muito bem o efeito que causava sobre mim.

E usava ao seu favor.

— Yeah? — se aproximou mais, quase juntando nossas bocas. Havia um sorriso tão cretino no canto dos seus lábios que eu queria arruína-lo — Você se acha tão bom assim, Hoseok? — me desafiou.

Automaticamente minha mão foi até seu pescoço, onde eu apertei levemente. Me surpreendi com a minha atitude, nós nunca havíamos conversado sobre nossos limites e eu não sabia se aquilo era algo que ele gostava.

Eu estava pronto para soltar seu pescoço e pedir desculpas, quando sua mão segura meu pulso, me impedindo.

— O que foi, Hoseok? Não é homem o suficiente? — encaro seus olhos, eles são como veludo preto sobre o luar, havia desejo e um brilho provocador.

Testei minha mão em seu pescoço, logo abaixo de seu maxilar e percebo seu sorriso crescer, um sorriso cheio de malícia. Ele ainda me desafiava e se havia algo que eu não suportava era ser desafiado.

— Você pediu por isso. — esclareço, mordendo seu lábio inferior com força e o beijando com propriedade. Yoongi geme no mesmo momento, seu corpo amolecendo e aproveito para levar minha mão livre a até sua bunda, apertando com força. Ele solta um gemido surpreso e trêmulo.

Suas mãos vão para a minha cintura, entretanto antes que ele possa aproveitar me tocar, eu o empurro na parede ao meu lado. Nossos lábios ainda colados, transmitindo todo o desejo que sentíamos domar nossos sentidos.

— Nada de toques, hyung. — sussurro, prendendo ambos seus pulsos sobre a sua cabeça, recebendo seu protesto e me afasto um pouco — Algum problema?

Yoongi me olha nos olhos e eu sei que ele quer continuar me provocando, me desafiando até eu perder completamente meu controle, mas ele escolhe sabiamente ao negar silenciosamente.

— Continua o que estava fazendo. — mando, apontando para a minha calça e o mesmo se apressa para retirá-la, caindo de joelhos no chão para puxar minha cueca. Ele levantou os olhos e me encarou com aquela falsa inocência.

Eu já estava ridiculamente duro. Só vê-lo ter a ousadia de ser um completo brat me deixou excitado. Levei minha mão até a parte de trás de seus cabelos, apertando um punhado em minha palma e puxei com força, o fazendo me encarar e me inclinei um pouco em sua direção.

— Já que você gosta de me desafiar, eu vou te fazer se arrepender. — assegurei.

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gente em minha defesa eu não sei o que aconteceu nesse cap, era pra ser um capítulo fofinho mas quando eu vi meus dedos criaram vida própria.