Uma semana depois

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Eu me sentia como num sonho de Cinderela e ainda que insinuassem o contrário,Theodoro era um verdadeiro príncipe comigo.

Ao contrário do que Sandy insinuara, os seguranças de Theodoro sequer olhavam pra mim, eu era tratada por todos como a esposa dele, eles eram muito sérios e respeitosos.

Eu já estava há uma semana na mansão com Theo e vinha me sentindo estranha, meu corpo estava inchado e eu vinha sentindo constantes tonturas, dores de cabeça e enjoos e eu só pensava que eu só podia estar grávida. Mas, como era possível se eu vinha tomando os anticoncepcionais dia após dia.

Era noite, Theodoro tinha acabado de chegar e eu resolvi abrir a situação pra ele.

Estávamos jantando e ele apertava a minha coxa por baixo da mesa. Eu tinha vontade de rir, porque a Meleky estava de pé como uma legitima estátua de pedra, totalmente alheia ao fato de que Theo erguia o meu vestido e guiava os dedos para entre as minhas pernas, afastando a minha calcinha e brincando com o meu clitóris.

- Theo... - Chamei baixinho o seu nome, ele estava me desconcentrando.

- Fala... - Ele me olhou com um sorriso malicioso no rosto, tirou o dedo e levou a boca, chupando com gosto. - Ficou perfeito com esse medalhão.

Eu ri, revirando os olhos.

- É possível uma mulher engravidar, mesmo tomando os remédios ,certinho?

- Bom... Existe o controle de natalidade, a cada mil cartelas de pílula fabricadas, 1 vem sem o estrogênio. - Disse a encarando. - Tem também a possibilidade de ter engravidado no período que ficamos juntos, o teste não acusou por ser muito recente e você estar vida de verdade. Theo abanou a mão fazendo Meleky sair da sala de jantar, ele me olhou e sorriu com os olhos brilhando. - O que quer fazer?... Ir ao médico ou peço para ele vir e atestar que seremos pais?

- Eu estou me sentindo estranha! Você não acha que eu estou inchada?

- Você se sente assim!? - Theo pareceu alarmado, puxando o guardanapo do colo, passou na boca e se levantou.

- Me sinto! - Eu disse meio tímida e o segurei pelo braço. - Theo... Você não vai me tirar o bebe se eu estiver grávida, não é?

Theo deixou os ombros caírem, se inclinou e me deu um beijo.

- Não... Não farei isso, nunca, vamos ser uma família completa, unida se assim desejar.

- Eu desejo,apesar de achar que ainda é meio cedo! Mas... Que assim seja! Vou me arrumar pra irmos ao médico, tá?

- Não precisa... Vou chamar um médico.

Theo me deixou na mesa e desapareceu por aquele apartamento, voltando minutos depois sorrindo.

- Vá tomar um banho, o médico chegará em quarenta minutos.

- Tá bom! - Me aproximei dele e o beijei. Eu estava ficando animada com a ideia de ser mãe.

- Vou esperar pelo Dr. na biblioteca, aproveito para ler um roteiro que me enviaram.

Segui para a nossa suíte tomei um banho rápido e vesti uma saia longa e uma camiseta, deixei os cabelos soltos e desci para a biblioteca.

- O médico não chegou ainda?- eu estava ansiosa.

- Não... - Theo me olhou. - Acho que foi mais rápida do que o médico. - Ele me ofereceu a cadeira a sua frente do escritório que também era uma biblioteca. - Acredite se quiser, o roteirista quer filmar em uma praia deserta... índios canibais, mas que não comem gente, apenas comem... - Ele fez uma careta... - Vou recusar, isso vai sair caro... E a suruba com areia não vai dar certo.

O encarei de modo estranho.

- Você já pensou em trabalhar com algo não voltado ao erotismo?

Eu sempre estranhava quando ele falava comigo sobre o seu trabalho.

Na verdade, era estranho assimilar aquilo como trabalho.

- Já... - Ele me olhou. - Mas é um mercado bilionário... No escritório da produtora tenho exatamente 7 troféus de Oscar Pornô.

- Tá bom! - Dei de ombros. - Mas, é esse legado que você quer deixar para os seus filhos?

Theo torceu a boca voltando a olhar para os papeis em mãos.

- Você pode deixar a arte em arquitetura para ele... A produtora você pode vender quando eu me for. - Ele me olhou sério. - Sou mais velho que você, a tendência é essa!

- Theo... - fui sentar em seu colo e beijei sua boca acarinhando os seus cabelos. - Não fala assim, meu amor! - Era a primeira vez que eu o chamava assim e ele me encarou com estranheza.

- Amor? - Ele apertou meu bumbum, sorriu de lado. - Isso não combina com você!

- É, não combina! - eu esperava que ele me chamasse de amor também. Eu era patética. - Não combina com você também! - Me levantei frustrada. - Não vou repetir!

- Por que não? - Ele riu. - Vem cá amor! - Sua fala me fez rir, realmente não combinava com nenhum de nós dois.

Gargalhamos e eu o abracei forte, me sentia protegida em seus braços.

O beijei e fomos interrompidos por batidas a porta.                      

- O Dr. Miller acaba de chegar.

- Mande-o entrar.

- Boa noite, Sr. Austin... - O médico entrou logo que Meleky deu passagem, apertamos as mãos o médico olhou para Vick e sorriu. - Hummmmm... Vejo que está muito bem, Sra. Austin.


MATA-ME DE PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora