Sandy
Mal conseguia acreditar que eu agora tinha um lar, uma vida, um futuro marido, minha vida agora se resumia a uma boa dona de casa e nunca pensei que isso me faria tão bem, ser alguém simples, executar tarefas comuns, mercado, cozinhar, arrumar a casa, esperar meu marido chegar em casa depois de um dia exaustivo, fazer uma massagem e escutar sobre seu dia no hospital e na clinica.
A semana que se seguiu eu fui a todas a sessões terapêuticas e as duas consultas individual, e confesso que me sentia muito bem e em paz comigo mesma, mas não pensava que mina alegria durasse tão pouco.
Era sexta, sabia que a Victória estava completando seus 21 anos, e estava comemorando em grande estilo, num dos mais belos salões próximo a praia, não fui convidada, mas Antony foi, mas de ultima hora ele teve uma emergência e teve que sair correndo, me deixando sozinha naquele enorme apartamento.
Sem aviso a campainha tocou, achei estranho, ainda me mantive quieta na sofá da sala me fingindo de morta, mas a campainha voltou a insistir e desta vez a pessoa não tirou o dedo do interruptor, que só parou de tocar quando abri a porta, dando de cara com a mãe de Antony, pior que nem decorei seu nome, e pelo jeito que me olhava, era sinal de que não estava ali para uma visita formal, eu seria atacada levianamente.
- Tom, está?
- Não... Ele foi chamado as pressas para uma emergência. - Engoli em seco e dei passagem para a senhora, ela entrou com o nariz empinado, jogou a bolsa na mesa da sala de jantar e me olhou da cabeça aos pés.
Cruzei os braços me sentindo intimidada, a olhei temerosa, encolhida em mim mesmo.
- Antony sempre foi bom demais, cobrado demais para ser um dos melhores cirurgiões de Washington... Mas ele sempre foi péssimo para escolher seus amigos e namoradas... Agora vejo que ele nem sabe escolher uma esposa descente.
- Eu posso não ser a melhor mulher do mundo... mas eu amo Antony e posso ser uma ótima esposa para ele.
- Não... Você não pode... E não vai ser. - A mulher pegou a bolsa, abriu tirando um envelope gordo da bolsa. - Aqui tem meio milhão de dólares, quero que pegue e desapareça da vida do meu filho.
- Eu não quero o seu dinheiro... só quero ter o direito de ser alguém descente e esposa do seu filho.
- Garota... Qual é a parte que você não entendeu que não será aceita nessa família? - Ela se aproximou deixando o dinheiro sobre a mesa. - Você não vai se casar com ele, por que não vamos deixar, porque aqui todos te conhecem, Antony não vai suportar as piadas sendo ditas em sua cara... Pegue o dinheiro e suma, recomece sua vida em outro estado, você tem condições. - Ela pegou no meu rosto. - Eu já falei com o diretor da universidade, pode passar lá, pegar sua transferência e ir para outra universidade, com meio milhão em mãos, não vai precisar se prostituir... banque a moça honrada, arrume outro trouxa para se casar com você, mas meu filho não é esse trouxa quem você pensa. -Ela abriu a bolsa. - Esqueci de lhe dar um presentinho. - E estendeu uma cartelinha de cocaína para mim.
- Eu não uso mais isso.
- Eu sei... - Ela sorriu. - As vezes é bom se despedir da sua vida mundana... Agora pegue suas coisas que eu te deixo em algum lugar desta cidade, um hotel, sei lá.
E não teve jeito, eu não quis sair, e ela me forçou a pegar minhas coisas, escrever um bilhete para Antony e me levou para um hotel.
Novamente estava sozinha e sem o amor da minha vida, caí na cama e chorei e muito, de repente quando vi, estava me drogando e culpando Theodoro Austin pela minha derrota na vida.
Depois de ficar muito chapada, peguei minha bolsa, coloquei o dinheiro na bolsa e saí para ir a festa elegante de Victória e Theodoro Austin, aqueles dois me pagam.
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MATA-ME DE PRAZER
RomanceVictória German, cursando o último ano de arquitetura. Vê-se atolada de dívidas com as prestações da universidade, nunca se relacionou com nenhum homem em toda a sua vida. Sandy Louis sua amiga de quarto é uma acompanhante de luxo, não esconde isso...