MATA-ME DE PRAZER

Confronto

  - Como você e previsível, Theodoro! - Ouvi a voz de Victoria atras de mim, me voltei em sua direção e ela empunhava uma arma,sua expressão era fria e sem emoção.

  - Victória... - A olhei perplexo vendo-a com a arma em mão. 

 - Eu tinha certeza que você viria comemorar aqui! E olha só, trouxe até o seu brinquedo erótico.

  - Isso não é uma brincadeira e muito menos uma comemoração, Victória, agora largue essa arma e vamos conversar. Sandy começou a rir, complicando mais ainda as coisas.  

  - Ou você esta muito drogada, ou sofre de retardo mental. - Victoria parecia calma demais e isso me apavorava. - Tenha certeza que eu sei exatamente como usar essa belezinha, Theo. - Ela disse o meu nome com ironia. - Sabe, o meu ultimo tutor era um ex-militar, meio bêbado a maior parte do tempo, que só queria a pensão do governo, mas que me ensinou a atirar muito bem, e ainda me presenteou com um pequeno arsenal de armas. Pra onde você mandou a Melleky com o August?

 Theodoro levantou uma das sobrancelhas, sorriu misterioso. - Nunca vai saber... Principalmente se atirar em mim... - Theodoro se sentou sobre o Baú que contem os brinquedos. - Vá em frente... Atire e vai perder tudo que tem... Inclusive a mim e ao August... fora a sua liberdade... As câmeras de seguranças estão ligadas.

 - Eu acho que você ainda não entendeu o que está acontecendo aqui. Nos não vamos sair daqui. Nenhum de nós. Você escolheu assim.  

    - Atira... Atira nele... - Disse Sandy me olhando com ódio. - Vingue todas as mulheres que esse cretino usou, dominou... eu quero ver ele morto... MATE-O... - Sandy gritou em fúria.   

  - CALA A BOCA, VADIA! - Victoria deu uma coronhada em Sandy.  - Por que você me odeia, Theodoro?

  - Eu não odeio você... - Theo se colocou de pé. - Nunca te odiei... Se não te amasse, não estaria casado com você... Agora larga essa arma e vamos conversar com calma. 

 (Theodoro)

  Victória estava fora de si, Sandy tinha desmaiado com a coronhada que recebeu na cabeça, e a cada palavra de Vick, eu me preocupava e muito com o seu estado e o que ela poderia fazer com aquela arma, tentei me aproximar, mas ela apontou para mim, me detive no passo, e voltei a minha posição de quem não estava preocupado com que ela iria fazer, mas no fundo estava apavorado e de um certo modo me preocupava com August se caso eu faltasse, o que seria do meu filho com uma mãe desequilibrada.

- Tudo bem... - Disse recuando. - Tenho que confessar que minha intenção no começo não era me casar com você, muito menos ter um filho... Eu sempre segui a sua vida, mas aquele Advogado não me deixou adota-la ou pelo menos ser um tutor para bancar seu crescimento e seus estudos... No fundo... - Me detive e olhei para Sandy. - No fundo usei Sandy para me aproximar justamente em uma época que nem Emilly e muito menos o seu advogado que estavam bem ocupados para prestar atenção em você... Mas... Eu me apaixonei por sua doçura, mas também sabia do risco que corria e aqui estamos, você com uma arma e eu com um chicote... Nós dois sabemos que nos amamos, você não atirou em mim, porque me ama o suficiente para não atirar, e eu estou com um chicote na mão, poderia te desarmar com tranquilidade, mas não vou fazer isso, porque de certa forma, eu mereço morrer por suas mãos... e você sabe porque... Era a unica testemunha no local, mas nunca abriu a boca...- Parei diante dela, com as mãos para trás, a arma pegou no meu peito, pressionei o peito na arma para sentir o cano. - Porque nunca contou a eles?  

  - Você me salvou. Ele tinha me surrado e eu me tranquei no armário. - Ela recuou um passo. - Eu sempre soube quem você era. - Sandy nos encarava assustada. - Eu sempre quis você, Theodoro. - Ela chorava. - Eu tentei ser suficiente, Mas aqui está você com ela.  

  - Então serei honesto com você... - Toquei a ponta do chicote no queixo de Sandy. - Como conseguiu o DVD?
- Eu roubei... Eu entrei no seu escritório e vi o DVD, fiz uma cópia... e pela segunda vez, vi você completamente nu... lindo... como eu sonhei em estar no lugar dela, recebendo todo aquele tratamento, eu posso contar cada cena, cada uma delas para vocês... eu assisti muitas vezes, por que eu imaginava que era eu ali... - Sandy gemeu fechando os olhos. - Eu queria me vingar de você, quero ver você no fundo do posso, não podendo ter a mulher que você ama, como eu não posso ter o homem que eu amo.  

Gelei ao escutar o engatilhar da arma, tudo se fez silêncio, um estampido soou, um corpo caiu.

*** & ***

Gente!

Eu peço desculpas pela demora do final do livro... O Celular da Neila ainda não chegou na cidade dela... Eu até já chorei por não conseguir ter noticias dela, mas eu sei que logo ela vai estar de volta, com o novo celular.

Então espero que até sexta a gente já tenha o desfecho de quem morreu pelas mãos de quem.

Bju e até o final de semana se Deus quiser.

Heloisa Benini