Vick desiste de ultima hora

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Revirei os olhos e apanhei o frasco da sua mão, tirei a tampa e virei o conteúdo goela abaixo.

- Isso é horrível!

Ele gargalhou.

- Mas completamente eficaz... Logo sentira os efeitos, e não se preocupe, não vai ficar com problemas com dor, isso damos para as atrizes pornôs. - Ele me olhou com malicia. - já viu um filme pornô antes?

- Nunca me interessei. - Eu não gostava de me lembrar o que ele fazia.

-Todas as mulheres que trabalham pra vocês fazem pôr espontânea vontade?

- Sim... - Respondeu ele com calma. - Elas procuram a agencia, fecham contrato e começam a trabalhar... Não faço testes com elas, não se preocupe.

- Não me preocupa com quantas mulheres você transou antes de mim. - Me debrucei ao seu lado pra que ele não visse a mentira em meus olhos. - E também não me importo com quantas você vai transar depois.

- Deveria... - Ele riu.

- Por que devia? Para me tornar uma dessas neuróticas que surtam quando o homem não liga, ou aparece com perfume barato? Não tenho vocação pra isso.

Novamente ele gargalhou e muito, me puxou para ele me fazendo sentar em seu colo, beijou meu pescoço.

- Sua gostosa... Se assinar o contrato, eu serei seu, apenas seu e de mais nenhum mulher... o que aca disso?

- Eu já disse que assino o contrato. Mas, será que você consegue? Eu sei dos seus gostos "peculiares", Theo! E eu não gosto de sentir dor.

- Meu gosto peculiares não são apenas promover dor... Posso te dar muito prazer... E sim, consigo ser só seu se assinar o contrato, sabe onde ele está, a caneta também está dentro do envelope, fique a vontade para ir até' o escritório. - Ele me olhou. - Chegamos...

O iate aportou no mesmo lugar de onde saiu a uma semana atrás.

- Quer que eu espere aqui enquanto desce para assinar?

- Você tem bastante pressa! - Me levantei e o puxei pela mão. - Venha comigo, quero me explique as cláusulas do contrato.

- Não tem nada que não possa entender. - Ele se levantou e me seguiu até o escritório.

- Theo... - Suspirei e me calei, não devia dizer o que eu tinha em mente.

- Do que tem medo? - Ele me encarou. - Por que sou um homem vinte anos mais velho que você?... Sou um homem que tem uma vida voltada para o publico erótico?... - ele torceu a boca. - Pare de bobagens, eu sei ser fiel... mas quero garantias de que será fiel a mim também... Terá tudo, tudo de mim se não esquecer do que prometeu e assinou.

- Não tenho medo de nada, Theo! Eu só fico pensando como seria a nossa vida com essa espécie de "casamento de contrato". É um tanto surreal pra mim.

Theo a olhou surpreso, chegando a tomar uma certa distancia.

- Casamento? Contrato de casamento? - Ele não parecia certo disso. - Tá... hã... Casamento é um pouco mais complexo... eu não sei se é isso que define esse contrato.

- Como vai ser quando você se cansar de mim?

- Você sai com um bom apartamento, uma mesada para suas despesas e a criança ficará comigo.

- Resumindo, você me manda a merda quando se cansar, arranca o meu filho dos meus braços e me dá uma compensação financeira pra ficar em paz com a sua consciência. Obrigada por explicar. Eu não vou assinar essa merda nem sob tortura.

- Não é bem assim! - Ele caminhou pelo escritório. - Você teria todo o direito de ver nosso filho e acompanhar seu crescimento e vida, só teria liberdade para curtir a vida. - Ele deu de ombros e me olhou.

- O que aconteceu com você? Quando você se tornou esse sujeito frio que ignora totalmente o fato de que as pessoas à sua volta tem sentimentos? - Me afastei e suspirei longamente, recobrando o meu tom imparcial. Eu não queria demonstrar meus sentimentos há alguém quê não tinha sentimentos. - Vamos esquecer esse assunto pôr hora.

- Vamos... - Ele me encarou sisudo. - Vamos desembarcar, o pessoal precisa devolver o iate. - Ele abiu a porta e me esperou sair.

Segui para fora calada, não queria encará-lo. Eu podia sentir o seu olhar às minhas costas, mas era como se não houvesse mais nada que pudesse ser dito. E mais do que nunca, eu torcia para não estar grávida.

Saímos no Deck da embarcação, duas malas grandes estavam no píer nos esperando, senti minha barriga dar um reverbério, cheguei a por a mão e parei de andar, maldita hora que virei aquele liquido na boca.

Theo se colocou ao meu lado, entregou um dinheiro para o marinheiro, pegou em minha mão e saiu me puxando para dentro da casa, subimos a escada as pressas me colocando dentro de um quarto enorme e luxuoso.

- O banheiro fica ali... aproveite, tome um banho de banheira, volto em quarenta minutos, preciso resolver um assunto no centro comercial de Dubai. - Ele me deu um beijo na testa. - Relaxe, Meleky vai lhe trazer um suco de laranja... tente deixar seu intestino limpo o suficiente para eu aproveitar do seu botão.

- Tudo bem! -  Mal parecia que tínhamos discutido há poucos minutos, ele agia como se tudo estivesse na mais perfeita ordem, então resolvi fazer o mesmo. - Vou te esperar na cama.

- Nua de preferencia... - Ele seguiu até a porta, olhou para mim antes de fecha-la, mandou um beijo e me deixou sozinha.

Suspirei e segui para o banheiro.

- Olha onde você se meteu, Victória German.


MATA-ME DE PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora