Pensando na vida

24.2K 1.8K 47
                                    

Me levantei chegando perto dela, apoiei minhas mãos no colchão e a encarei sorrindo amável.

- Quero um beijo de consolação... aquele que me deixa de pau duro... - Olhei para eu corpo e não prestou ao me beijar, me enterrei nela novamente e fizemos amor, desta vez lento, com muitos beijos e trocas de caricias e palavras quentes.

Me joguei ao lado arfando, Vick deitou sobre meu peito, deslizando seus dedos sobre meu peito.

- Eu gosto de você, Theo! - Ela disse beijando meu peito- Você vai me dizer que é mal, que não presta... Mas, ainda assim... Eu gosto de você.

A olhei e me ajeitei na cama para olha-la, fiz um carinho em seu rosto e cabelos.

- Mesmo achando que você não deveria gostar de mim, eu fico feliz, por que também gosto de você, Victória, gosto tanto que quero garantir o melhor para você.

- Eu gosto tanto de você que queria te tirar desse vazio na sua vida.

- Não se preocupe com isso... - Beijei sua boca. - Você já preencheu uma boa parte dela... Só promete que vai pensar em min enquanto estiver longe, estudando?

- Vou pensar em você sempre.

Sorri amável.

- Que bom... Muito bom! - A abracei.

- Não quero sair pra jantar, Theo! - Ela beijou meu pescoço- Dorme comigo.

- Não está com fome?... quer que eu peça para trazer algo pra gente aqui no quarto? - Acariciei seus braços.

- Eu não sei!-ela deu de ombros e bocejou. - Não podemos...só dormir

- Podemos. - Me sentei na cama, puxando o edredom para nos cobrir, dei um beijo em seus cabelos, estiquei o braço para o criado mudo e acionei no controle remoto para fechar as cortinas e apagar a luz. - Dorme meu anjo... Se acordar com fome, me acorde, eu vou buscar algo para nós.

Vick me abraçou com força, beijou meu peito fechando os olhos, soltando um longo suspiro, fiquei ali ouvindo ressoar num sono gostoso, mesmo o quarto com pouca claridade conseguia ver seu rosto sereno e tranquilo dormindo agarrada a mim.

Fico imaginando o que Vick faria se soubesse do meu passado, ela me odiaria, me condenaria e sumiria da minha vida.

Gostava demais dela, ao ponto de querer ao meu lado, mas era bom ter esse distanciamento entre nós, não iriamos ficar tão emocionalmente ligados, isso talvez faríamos sofrer, e eu tinha uma vida completamente desregrada, sem pudores.

Pensei na minha vida, no que fiz e no que causei no passado, estava começando a pagar pelos meus erros e um dia qualquer veria meu castelo ruir, minha vida ceifar assim como ceifei de muita gente.

Puxei o ar com força, não queria pensar nisso, é preferível viver um dia de cada vez, a partir do momento que abria os olhos e sabia que ainda estava vivo, era lucro para uma pessoa como eu, então decidi relaxar, relaxei ao lado de Vick e dormi.


***

17/09/2017.

Amanhã tem mais!... boa Noite!

MATA-ME DE PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora