A briga definitiva

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Theodoro

Seguimos calados para casa, não abrimos a boca dentro do carro, o único que ainda tinha voz, era August que mamava guloso e ainda gemia com aquela sucção no peito de Vick.

E eu já imaginava o quando aquilo devia estar delicioso.

Jofrey estacionou na garagem, Vick já tinha feito o menino arrotar e agora dormia em seu colo, mas não dei chance nem dela pensar em ficar com ele, o peguei de seu colo sobre protesto e desci, esperei por ela. do lado de fora, August se torcia nos meus braços, sei que tinha sido estupido, mas era assim ou podia ver meu filho sumir das minhas vistas, e neste ponto não iria responder por mim.

- Você está sendo tão estúpido! -ela esbravejou ao descer do carro e chutou mais umas vez a porta

- Precisa mesmo ser tão bruto?

- Se fizer mais uma vez isso, pode ter certeza que faço ficar ajoelhada olhando o amaçado na porta. - Disse dando as costas para ela e segui com August para o elevador, fiz sinal para os seguranças ficar de olho, apertei o botão do elevador e a esperei.

Ela chutou a porta mais uma vez e me encarou desafiadora

- Estou esperando, Theodoro! - Ela quase berrou pra chamar a atenção.

Dei August para Meleky que já abiu a boca para retrucar, levantei a mão para se calar sem tirar os olhos de Victória, me aproximei rápido e num movimento eu agarrei em seus cabelos, colocando seu braço estendido para trás e a fiz se curvar diante do amaçado da porta, fiquei atrás dela, seu bumbum encostado no meu pau, dava leves puxadas para trás que apenas ela sentia e disse.

- Quer ser louca... Eu sou pior que você... - A mantive naquela posição, segurando sua nuca e seu braço estendido para trás.

- Você está me machucando, Theodoro! - Ela estava raivosa, mas eu podia sentir o desejo em sua voz. Era só uma questão de tempo pra sermos nós dois no quarto,matando as saudades. -Quer me soltar? - Ela disse gemendo.

- Pede desculpas... - A puxei para tras mais uma vez.

- Não, esquece!

- Eu tenho tempo... - Finquei meus pés no chão e soltei o ar.

- Eu queria ter amassado a sua cara, do mesmo modo que eu fiz com o carro! - Ela estava arredia, de um modo que me excitava.

- Então por que não disse antes... - Num movimento rápido a girei e a joguei nos meus ombros, dei um belo tapa na sua bunda, vizinhos que entravam e saiam da garagem estavam estarrecidos com o que acontecia, Vick estava aos berros para soltá-la, eu apenas sorri entrando com ela no elevador, a mantive daquela forma, e a cada murro que eu recebia, era um tapa em sua bunda que eu dava. 

- EU ODEIO VOCÊ, THEODORO! - Ela berrava e me esmurrava.

- Também te odeio... Mas também te amo. - E dei outro tapa em sua bunda.

- CRETINO, IDIOTA, ESCROTO... VOCÊ É O MAIOR FILHO DA PUTA QUE EU JÁ TIVE O DESPRAZER DE CONHECER.

- Garanto que não sou... - A porta do elevador se abriu no Hall do apartamento

Segui com ela nos ombros para o andar de cima, Victória continuava esbravejando. Entrei no quarto, fechei a porta e a tranquei, fui até a cama e a coloquei de pé.

- Você quer bater na minha cara... Então bata! - Disse ofegante.

- Eu odeio você, Theodoro! - Ela começou a chorar entre soluços. - Por que eu não bastei pra você? Eu fui inteiramente sua e você... Você me traiu! - Suas palavras vieram carregadas de mágoa. - Me dá o divórcio e deixa eu viver a minha vida.

- Eu dou o divórcio... Pode ir se quiser, mas August fica... E você sabia desde o começo quem eu era, o que queria de você... Se não pode me amar e me aceitar da forma como eu sou... Então pode ir. - Comecei a tirar a roupa, estourei os botões da camisa depois de arrancar a gravata.

- Eu não vou a lugar nenhum sem o meu filho e não venha bancar a vítima comigo agora. Se você não podia deixar de adestrar,era só me dizer... Mas, você preferiu fazer a cena do imaculado. Vá a merda,Theodoro!... Fez toda uma cena de que não queria a Sandy aqui, para sodomiza-la na primeira oportunidade.

- Não estou fazendo de vítima... - Balancei a cabeça em negativa. - Eu admiti o meu erro... Ou você queria que eu mentisse e negasse até o fim? Você é a maior culpada de tudo isso... Você enfiou essa mulher aqui, você sabia o que ela queria... E a empurrou para mim, largando e dando espaço para ela dentro deste apartamento... - Eu dizia com a voz rouca, apontando para ela. - Então quem é a vítima aqui não é você.

- EU SOU A CULPADA? Por que você é um pobre rapaz indefeso que não podia resistir aos encantos de uma prostituta. - As lágrimas não cessavam em seu rosto. - Além de escroto, você é um hipócrita!

- EU SOU UM SÁDICO... UM SÁDICO... E VOCÊ SABIA DISSO... E SABIA QUE SANDY É UMA SÁDICA... VOCÊ E CULPADA... VOCÊ DEU DE BANDEJA A DROGA PARA UM DROGADO... - Eu comecei a berrar mais que ela, me senti esgotado. - Você quer ir? então vá... mas meu filho fica, por que não vai ficar por aí, vivendo na miséria... Se não pode conviver com o que sou, então realmente você não me ama o suficiente para enteder o que o sadomasoquismo é na minha cabeça... Eu tentei... de verdade... Não deixei de te amar, não te traí com sexo... pior seria se eu tivesse feito isso, aí sim eu seria um homem podre. - Me afastei dela, ofegante, gemendo baixinho como se estivesse com doe, e eu estava com dor. - Vai!

Ela se largou na cama, frustrada .

- Eu só tentei ajudar a Sandy! Eu só queria que ela tivesse uma chance de ter uma boa vida. Mas, ela armou o bote e você caiu como um pato. - Ela me puxou pela mão e me fez ajoelhar a sua frente. 

- Olha pra mim, Theodoro! Por que não foi honesto comigo? - Ela tocou o meu rosto.

- Por que eu fui honesto com você até aquele dia... eu resisti e fiz conforme o combinado... Mas... - Sacudi a cabeça. - Quando a vi ajoelhada, lambendo meus pés, implorando por... - Desabei em seu colo. - Eu não resisti... foi mais forte que eu... Achei que não iria aparecer no studio... e ela foi... eu tinha que fazer o que prometi... no fim dei uma surra nela, eu a puni por tudo que ela me fez fazer, e por amaldiçoar meu pequeno.

- Olha pra mim, Theodoro! - Ela ordenou e eu a encarei. - Se tocar naquela vadia mais uma vez. Não vai haver perdão! - Ela segurou o meu rosto com uma mão, cravando as unhas na minha pele. - Você é meu, Theo! Meu marido, meu homem... - Ela me beijou desesperada. - Você é meu, entendeu?

MATA-ME DE PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora