Theo deixa claro que está bravo

21.5K 1.8K 45
                                    

apontei para o sofá a minha esquerda com a ponta da espada.

- Sente-se... - Pedi completamente passivo.

- Olá Theo! - Ela soltou o ar depressa e obedeceu, apesar de parecer amedrontada manteve o queixo erguido.

- Por um tris acreditei na imagem que me enviaram, por um tris eu não fiz uma loucura a não ser pensar em te mandar para o inferno. - Disse carrancudo, meu sangue subiu ao lembrar da foto, minha veia da Têmpora chegou a ficar evidente e pulsando, sentia dor de cabeça da pressão que ela fazia na minha cabeça. - Por um tris imaginei mil possibilidades de te torturar e a primeira dela foi em arrancar essa sua boca linda.

Ela me encarava impassível, como se tudo o que eu disse não a assustasse em nada. Eu não podia imaginar o que se passava pela sua cabeça, porque ela se mantinha no mais completo silêncio.

- Mas... - Me levantei ainda com a espada na mão, toquei abaixo do seu queixo com a ponta e a forcei se sentar. - Pensei por um bom tempo... Você não seria tão idiota em beijar um cara na biblioteca, no meio daquela gente toda e esperasse que eu aceitasse de boa, não, essa não é você, a forma como age, que me enfrenta, faria escondido e muito bem escondido.

Ela continuou em silêncio e apenas fez um gesto de negativo com a cabeça,a espera de que eu concluísse.

Tirei a espada de seu queixo e dei espaço, coloquei a espada na caixa, com muita calma, apanhei a corda que estava ao lado, enrolei na mão e me virei para ela, puxei o ar com força.

- Me conte o que aconteceu? desde o começo quando saí do apartamento? - Cruzei os braços e a encarei.

- Quer bater em mim,Theodoro? Vá em frente,mas posso lhe garantir que não vai surtir o resultado que você espera... Eu não tenho medo de você.

Rangi os dentes com aquele desdém todo, me aproximei num único passo, agarrando em seus pescoço e a fazendo encostar no sofá, Grunhi alto.

- Não me desafie Vick, eu estou puto com você, mas puto de uma tal forma que te surraria até ficar marcada e com a bunda escrito o meu nome... Agora conta a merda toda...

Ela sorriu. Aquela mulher era inacreditável!

- Eu não tenho medo de você, Theodoro! -ela voltou a repetir- Você acha que o fato de me ameaçar com uma corda, ou me receber com uma espada me espanta de algum modo? Eu já fui surrada com um acendedor de lareira ao ponto de ter o meu fígado perfurado e ser operada as pressas.- ela se desvencilhou de mim e se afastou- Você acha que sabe o que é dor, Theodoro? Não me faça rir!

Fui até ela e a puxei para mim, fazendo seu corpo grudar no meu, não mostrei preocupação, apenas a encarei altivo.

- Você sabe o quanto me mata de ciúmes?... Sim.. Você sabe por isso me enfrenta, por isso diz essas coisas para me deixar com remorso e pensar nas coisas que quero fazer com você... Mas a única coisa que quero te fazer... é te amar de uma forma que você nunca fez... Quero ser eu fazer isso com você. - Puxei um lenço do bolso e esfreguei em sua boca até ficar vermelha, sorri satisfeito e a beijei passando minhas mãos em seus seios.

- Por que foi expulsa do quarto?...por que não me falou? Por que não me ligou?

- Não tive tempo! - ela finalmente se desmontou da armadura que tinha colocado em volta de si. - Eu e a Sandy discutimos, estava com a cabeça quente. A Lucy me ofereceu um quarto em seu dormitório, então eu apanhei as chaves e entrei pra descansar um pouco... Eu estava exausta! -ela deu de ombros- Quando eu acordei foi com o Kaden me ligando. Nós tínhamos um trabalho a fazer. Eu desci apressada para a biblioteca, fizemos o trabalho e do nada ele me beijou.

Ela passou a caminhar pela sala.

- Eu dei um tapa nele e ele me contou que tudo foi uma armação da Sandy, eu fui tomada por uma raiva que... Quando me dei conta,eu estava em cima dela.

- Eu não sou nada para você... Não represento nada... Isso é o que me deixa mais puto com você.... Eu te ofereci uma vida aqui, ofereci um apartamento já que se recusou, só que agora as coisas mudaram. - dei as costas para ela, apertava aquela corda nas minhas mãos. - Não posso te deixar no Campus, não posso deixar que se arrisque por aí com a Sandy enfurecida. - Me virei para ela. - Escolha... Eu ou mundo lá fora cheio de perigos, por que uma puta com raiva é pior que bandido drogado e armado.

- Você acha que eu devo ter medo da Sandy? Ela não é esse bicho-papão, Theo! - Ela encarou para um canto da sala, onde as suas malas estavam- Pelo visto, você já resolveu por mim.

- Não resolvi totalmente.. - Disse chateado, louco para que ela disse sim. - Posso arrumar um outro apartamento, mas gostaria que ficasse aqui... Você sob debaixo do meu teto é mais fácil garantir sua segurança e podemos nos ter a hora que quisermos... Está em suas mãos.



MATA-ME DE PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora