Exame médico

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Sta. Austin? Aquele cumprimento me fez rir,mas eu não o corrigi. Levantei e apertei a sua mão.

- Como vai, Dr Miller?

- Muito bem... - Ele se sentou a nossa frente, nos olhou curioso. - O que devo a urgência?

- Eu estou me sentindo estranha de uns sete dias pra cá, estou tonta,tendo enjoos, e acho que minha barriga está inchada. O senhor acha que eu posso estar grávida?

- Bem, diante dos sintomas apresentados é uma possibilidade. - Theodoro esboçou um sorriso de orelha a orelha. - Mas, não podemos dizer sem antes submete-la a um exame prévio.

- Teremos que ir ao seu consultório? - Theo apertava a minha cintura.

-Talvez! Eu não tenho como dar um diagnóstico de gravidez aqui. Posso retirar o sangue e levar para exame ,mas não teria como entregar o resultado já.

- E qual seria o outro método para atestar a gravidez? - Theo me olhou ainda com um sorriso. - Ultrasson?

- Sim, claro! A ultrassom daria um resultado preciso e imediato, sem precisar da confirmação via beta hcg.                      

 Você fez algum desses testes de farmácia, Srª Austin?

- Sim, mas o teste deu negativo.

-Talvez pelo fato da gravidez ainda estar em estagio inicial, apesar desses exames apontarem uma gravidez logo após a fecundação.

- Não confio nesses testes. - Theodoro foi claro em suas palavras. - Então o que estamos esperando.. Vamos ao consultório e ver o nosso bebê.

Fomos rumo ao consultório do Dr Miller e Theo estava animado como uma criança que está esperando o seu presente de natal.

 Eu estava nervosa e ao mesmo tempo aflita. Eu ainda não tinha certeza se queria ter um filho com Theodoro. Eu ainda não tinha certeza se queria gerar um filho, mas pelo visto já era tarde demais pra voltar atrás.

Dr. Miller me fez vestir uma daquelas camisolas cirúrgicas e preparou a minha barriga com um gel bastante gelado, espalhou e posicionou o aparelho, eu encarava Theo, que encarava o monitor com o médico.

- Você não está grávida! -Dr. Miller anunciou e vi a expressão de Theo murchar.

Eu me senti culpada por tê-lo decepcionado duas vezes.

Theo colocou a mão no meu ombro, sorriu triste, mas não deixou de me dar o apoio que precisava no momento, talvez aquele carinho fosse visto muitas vezes.

- Bom... - O Doutor se virou para nós, sorriu amável. - Vamos para o meu consultório, vamos pedir uma bateria de exames para ver se está tudo bem com você, mascar Papanicolau e conversar sobre o seu sintoma e descobrir a real causa.

Seguimos para o consultório ao lado, Theo ficou em pé enquanto eu me sentei.

- Toma algum contraceptivo?

- Eu andei tomando alguns remédios. Eu comprei por conta própria,sem nenhuma indicação. -Theo me olhou como se eu fosse uma criança rebelde

- Muito bem... Já tomou pílula mesmo para regular a menstruação?

- Não! Foi a primeira vez

- Então vamos ter que mudar esse seu remédio... Provavelmente está tomando uma dose maior do que seu corpo precisa... - Ele puxou um bloquinho, fez o receituário e esticou para mim, mas Theodoro foi mais rápido e tomou da mão dele.

- Mando comprar... - ele dobrou e enfiou no bolso interno do paletó.

- Nós podemos ir agora?

- Sim... Vou pedir a minha secretária para marcar seus exames. - o médico ficou de pé, apertou a mão de Theodoro e depois a minha.

- Seu pagamento vai estar com Michael... Obrigado, tenha uma boa noite.

MATA-ME DE PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora