- TIREM ELE DAQUI! - Ela berrou e eu sequer tive tempo de argumentar e fui praticamente arrastado para fora do quarto. Uma enfermeira se pôs ao meu lado.
- A Drª Foster é um pouco... Excêntrica, mas,é a nossa melhor cirurgiã. Sua esposa não poderia estar em melhores mãos. Acredite! Não quer ver o seu filho?- ela tinha um sorriso amável
- Quero... disse ainda em choque... queria voltar lá para dentro, dei um soco na parede, fazendo feridas nas juntas dos meus dedos e acompanhei a enfermeira.
A enfermeira me conduziu até o berçário e me mostrou August pelo vidro
- Quer entrar e pegá-lo?
- Por favor! - A encarei, meu coração estava a mil, eu sentia felicidade e angustia ao mesmo tempo.
- Ela vai se recuperar, Sr Austin! Tenho certeza de que vocês serão muito felizes juntos. - ela apanhou a minha mão e sorriu convicta
- Eu espero que sim, por que vai ver ressuscitação na marra!. - Disse veemente.
A mulher riu e me puxou para dentro, sequei os olhos úmidos, ela me mandou me sentar numa poltrona, fiz o que pediu, mesmo tentando me concentrar no meu pequeno filho que ainda nem tinha vindo para os meus braços, minha cabeça estava com Victória.
- Aqui está seu menino! - Ela o colocou nos meus braços, e a emoção veio tão forte que desabei a chorar ali mesmo, August se espremia nos meus braços, suas mãos paravam quietas.
- Meu pequeno... Você é tão lindo... - Deixei as lagrimas tomarem conta de mim, sabia que nunca mais seria o mesmo depois do nascimento dele, eu o amava, mais que a mim mesmo.
Fiquei com August por bastante tempo, conversei com a pediatra, estava tudo bem com ele, mas as notícias sobre Victoria não conseguia ter.
Meleky e Jofrey chegaram uma hora depois, conheceram meu menino através do vidro, o segurei para que vissem o belo menino que ele era.
August nasceu de 8 meses, apesar do risco ele já estava maduro segundo a pediatra, 47cm e Pesando 2.800kg, para mim ele era grande, mas perto de outros bebê s era pequeno.
Alguém me dá notícia de minha esposa, Por favor? - pedi depois de sair da ala do berçário.
Bastou que eu fechasse a boca e a Drª Foster deixou a sala de cirurgia, ela caminhou ate mim e tirou a touca da cabeça num gesto que eu não consegui decifrar,mas não parecia bom.
- Sr. Austin?
- Me de uma notícia boa... - Minhas mãos vieram a cintura pra não ter que aguardar em seu pescoço.
- Lamento,Sr Austin... - Bastou que eu ouvisse aquilo para esperar o pior. - Sua esposa teve um quadro de eclampsia e foi muito difícil estabilizá-la. Ela sofreu uma parada cardiorespiratoria e está em coma.
Bati as costas na parede, o ar faltou.
- Qual é o quadro neurológico? - Perguntei num tom sofrido, passando as mãos nos cabelos.
Bati as costas na parede, o ar faltou.
- Qual é o quadro neurológico? - Perguntei num tom sofrido, passando as mãos nos cabelos.
- Ela está estável! Mas, os próximos dois dias serão cruciais. Esperamos que ela responda ao tratamento nesse período, caso o contrário...- Ela suspirou longamente. - Caso o contrário as chances de que ela seja reanimada são mínimas.
Agarrei no pescoço da médica enfurecido, arfando como um animal.
- Traga ela de volta para MIMMMMM... - Enlouqueci com aquele diagnostico.
- Eu fiz o que pude! - Ela soou impassível depois que dois enfermeiros me tiraram de cima dela. Ela fez sinal pra que eles me soltassem. - Eu quero mais que tudo que ela volte pra nós,Sr Austin
- Mas, infelizmente não depende só de mim- ela não se sentia assustada pela minha realao
- Não... Você não fez... - Disse em pranto e desesperado. - Você não fez nada por ela... - Não conseguia ficar parado num canto, andando, arfando e chorando. - Quero ver minha esposa... Agora...
- Vou deixar que entre. Converse com ela,eu acredito que o estimulo daqueles que a amam é muito importante. Já vi casos de pessoas que acordam após meses de coma, depois de ouvir a voz de um ente querido. Não perca a esperança!
- Você não sabe de nada... - Disse a olhando estarrecido, apavorado. - A mãe dela... morreu seis horas depois que ela nasceu... deste mesmo jeito... E eu pedi tanto ao médico que não a deixasse ter essas complicações... Por que? - Escorreguei pela parede e desabei a chorar tapando o rosto.
- Ela vai sobreviver, Sr Austin! - Ela disse enfática e com uma confiança que eu não sabia de onde vinha. - A Victória quer viver, eu sinto! - Ela fez sinal para o enfermeiro que se pôs ao meu lado- Acompanhe o Sr. Austin até o quarto.
Ela deu as costas e me deixou sob a responsabilidade do enfermeiro.
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MATA-ME DE PRAZER
RomanceVictória German, cursando o último ano de arquitetura. Vê-se atolada de dívidas com as prestações da universidade, nunca se relacionou com nenhum homem em toda a sua vida. Sandy Louis sua amiga de quarto é uma acompanhante de luxo, não esconde isso...