Capítulo 33

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Desculpas pelo sumiço. Tinha viajado na quarta-feira a trabalho e só retornei ontem. Morta de cansada. 😥😧

Boa leitura.




















Sorriu ao sentir a filha bater em suas pernas em busca de atenção. A pequena, desde o dia em que aprendera a engatinhar, não parava quieta quando era colocada no chão. Até ficar em pé ela já queria, como se chamar "ma" já não fosse prematuro demais para uma garotinha de sete meses.

"Ma..." Valentina murmurou e gargalhou quando a mãe a pegou.

Bonnie passou a mão pelos poucos fios castanhos que tinha na cabeça da filha. Fez uma careta ao sentir Valentina agarrar seus cabelos com força, puxá-los e levá-los até a boca.

"Não, Valentina Evelyn." A fez soltar com cuidado os fios para que não machucasse as pequenas mãos gorduchas. "Mamãe já falou inúmeras vezes que cabelo não é comida."

"Ma..." Valentina riu como se entendesse algo, os dois dentinhos brancos deixando seu sorriso mais doce e inocente.

Como uma criaturinha poderia ser tão parecida com o pai daquela forma? Não só fisicamente como também na personalidade. Parecia até que tinha sido feita somente com o DNA de Kai.

Bonnie suspirou apaixonada por aquela pequena bolinha fofa gostosa de se olhar e abraçar.

"Está com fome?"

Abriu os três primeiros botões da blusa e rapidamente, Valentina agarrou seu seio e passou a mamar com vontade. Apesar de já comer raspinhas de maçã, banana amassada e sopinha de legumes batida, a filha não abandonava o leite materno por nada. O que Bonnie não reclamava, já que se sentia ainda mais ligada à Valentina na hora da mamada. E considerando o quanto a filha era avançada em querer independência, não demoraria a rejeitar o seu leite.

O alarme tocou e Bonnie pegou o celular, vendo que sua mãe ligava. Atendeu com um sorriso nos lábios.

"Oi, mamãe. Como está?" Colocou a ligação no viva-voz e deixou o aparelho ao seu lado no chão.

"Oi, meu amor." Bonnie franziu a testa ao ouvi-la tossir. "Estou com uma gripe daquelas e morrendo de saudades das minhas duas bebês." Antes que Bonnie falasse algo, Abby continuou. "E nem pense em me visitar. Não quero que você e minha neta adoeçam." Tossiu outra vez.

"Você está tomando remédios não é mesmo? Cuidado com essas tosses, mãe." Falou preocupada, pois com o inverno terrível que fazia, qualquer cuidado era pouco.

"Silas comprou quase a farmácia inteira de remédios." Dessa vez espirrou. "Só liguei para saber de vocês. Aliás, seu pai me contou que vai voltar a estudar. Estou muito feliz com essa notícia."

"Sim." Sorriu verdadeiramente animada em voltar a fazer uma das coisas que mais gostava. "Papai teve uma longa conversa comigo e já foi até a faculdade se informa de tudo, no início no próximo semestre já posso começar. Ou seja, daqui há três meses. Só estou preocupada com Valentina, será uma mudança bastante brusca na rotina dela."

Passou o dedo na bochecha da filha, que sorriu sem desgrudar a boca de seu peito.

"Eu não me importo de ficar com minha amada neta, enquanto você estuda e Kai trabalha." Abby voltou a espirrar. "Vou desligar agora."

"Qualquer coisa me liga." Pediu mesmo sabendo que Abby não o faria.

"Te amo, filha. Dá um beijo na minha neta por mim. Tchau"

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