Capítulo não corrigido. Desculpe pelos os erros.
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Ficar cara a cara com o monstro que tentou fazer mal a sua filha só fazia sua raiva crescer de forma desmedida. Deu mais um soco no rosto do infeliz e o som de ossos quebrando assim como os de dentes caindo no chão, não diminui em nada sua ira.
"Quem foi? Só vou perguntar dessa vez." Segurou o outro pela gola da camisa.
"Acha que tenho medo de um almofadinha como você?" O sangue escorria por seu rosto, não deveria ter mais de vinte anos, mas já colecionava uma extensa lista de crimes hediondos nas costas: desde tráfico de drogas até latrocínio. Era tão escorregadio que nem mesmo a polícia havia colocado as mãos nele, mas aquilo iria mudar. Kai o faria apodrecer na prisão. "Pena que aquela vadia chegou antes que estripasse aquela fedelhazinha asq..."
Kai começou a socar o bandido com toda a força e raiva que sentia.
"Já chega! Vai acabar o matando." Stefan com dificuldades o puxou para longe. "Não vale a pena se sujar com esse lixo. Ele vai ter uma vida bem movimentada na prisão. Os detentos amam cuidar de tipinhos como ele."
"Você não entende." Soltou-se do aperto do amigo e passou as mãos sujas de sangue na calça. Além deles, estavam naquele velho galpão longe da cidade, mais cinco seguranças, observando a tudo sem se meterem em nada. "Já que não quer colaborar. Malcolm..." Dirigiu-se ao chefe de segurança. "Entregue-o as autoridades."
"Sim, senhor." Malcolm fez sinal aos outros homens, que se prontificaram em ir até o bandido desacordado.
(...)
Estranhou quando Kai passou como um foguete pela sala sem lhes dirigir a palavra. Olhou para Marie, que deu de ombros voltando a atenção para sua tão adorada novela.
Terminou de dar a papa de banana para Valentina e a entregou para Marie, que ajeitou a menina no colo sem desgrudar os olhos da televisão.
Foi até o quarto de Kai e como a porta estava aberta, entrou sem bater. Ouviu o som de água do chuveiro e sentou na cama, sentindo-se apreensiva. Poucos minutos depois, o som de água cessou e Kai saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura enquanto gotas de água escorriam de seus cabelos, molhando ainda mais seu corpo já úmido. Bonnie engoliu em seco e desviou o olhar quando Kai a olhou, foi quando viu a mão direita dele machucada.
"O que houve com você?" Levantou-se rápido e se aproximou de Kai. Segurou a mão dele, vendo algumas escoriações nos nós dos dedos. "Como se machucou?"
"Não foi nada de mais, Bonnie. Não precisa se preocupar." Ele falou com um suspirou, a voz cansada.
"Como não preciso me preocupar se um dia depois de um louco invadir nossa casa você aparece assim?" Perguntou indignada e o fez sentar na cama. Foi até o banheiro, pegou uma caixinha com gases, antisséptico e uma pomada. Voltou ao quarto e rapidamente limpou o machucado, por fim passou uma pomada. "Tem certeza que não quebrou nenhum osso?"
"Tenho." Kai lhe deu um sorriso fraco. "O sujeito de ontem já está preso." Bonnie deu um suspiro de alívio ao ouvir aquilo, mas isso durou pouco. "Ele não quis contar quem o contratou."
"Como assim?"
"Tem alguém que quer me atingir, Bonnie. Só não sei quem. Por isso peço que tenha o máximo de cuidado e não saía sem os seguranças por favor."
Ela assentiu, mordeu o lábio inferior e apertou as mãos com força.
"Você não faz ideia de quem pode ser?" Questionou após um tempo de silêncio.
"No começo desconfiei de Nora. Essa última viagem que fiz foi para confrontá-la. Ela se casou com uma mulher." Bonnie o olhou surpresa. "Não me pareceu mentira quando ela disse não estar mais interessada em nossas vidas. Steven está investigando aquele senador que me pediu propina em troca de acelerar os processos de liberação para a construção do hotel no centro. Ele é o único desafeto que tenho."
"Eu temo por nossa filha. Ela é só um bebê inocente." Sua voz embargou e os olhos arderam.
"Eu dou minha vida por ela, por vocês." Kai segurou seu rosto, os olhos presos nos dela. "Não vou deixar ninguém tocar em um fio de cabelo das duas." A puxou para um abraço apertado, ao qual Bonnie correspondeu e deixou suas lágrimas caírem.
(...)
Ainda estava surpreso com o que tinha descoberto. Parecia até roteiro de filme de suspense. Sentia-se um completo idiota por ter deixado uma história como aquela passar desapercebida. Deveria ter sido mais cuidadoso não só com o maldito traidor, mas também com aqueles que o seguiam.
Apertou o passo quando as luzes do estacionamento começaram a piscar. De acordo com seus conhecimentos de filmes de terror e suspense, quando as luzes começavam a piscar, coisa boa não era.
Abriu a porta do carro e antes que pudesse entrar, sentiu algo frio tocar sua nuca.
"A curiosidade sempre acaba levando a morte." Steven sentiu os pelos dos braços arrepiarem ao som daquela voz fria. Qualquer movimento e teria os miolos espalhados pelo o chão. "Nerd desgraçado. Se tivesse mantido esse narigão quieto no seu chiqueiro virtual, não estaria com o pé na cova."
"Por que está fazendo isso? Já não basta tudo de ruim que já fez a essa família?" Sabia que morreria naquela noite, mas ao menos gostaria de ouvir a razão para tudo aquilo.
"Não vou descansar enquanto existir um maldito sangue Parker respirando em cima dessa terra, isso inclui a maldita bastarda filha do seu chefinho."
"Fala o homem fruto de um relacionamento extraconjugal."
Levou uma cotovelada e foi ao chão com falta de ar devido a dor. Continuou recebendo chutes e socos por todo o corpo; os dedos de suas mãos foram quebrados um a um sem a menor misericórdia, dores insuportáveis e por um momento, Steven desejou levar logo um tiro.
Fechou os olhos e o rosto de sua noiva lhe veio a mente. Seu medo não era da morte, mas de deixá-la sozinha e grávida no mundo. Sem o apoio de ninguém. Sua menina tão forte, porém, tão fragilizada.
Desculpe, meu amor. Por não poder cumprir a promessa de sempre ficar ao seu lado.
O som de dois tiros seguidos rompeu a noite levando mais uma vida inocente.
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Corações Feridos✔
CasualeHistórias da série: 1 - Corações Feridos; 2 - Você nunca estará só; 3 - O seu lugar é ao meu lado; 4 - Não me esqueça; 5 - Em busca do amor. Uma história de amor que foi destruída pela falta de confiança. Ela foi acusada injustamente por algo que nã...