VI

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— Como é que é o bagulho Mariana, explica direito esse esquema aí! — perguntei desconfiando depois de ver a empata foda falando nada com nada

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— Como é que é o bagulho Mariana, explica direito esse esquema aí! — perguntei desconfiando depois de ver a empata foda falando nada com nada

— LM, tu sabe que eu e o Negão já estamos junto a um tempo e estamos ajeitando tudo pra morar juntos. Já estamos comprando as coisas lá pra casa dele e alguns ajustes.

Ajuste do colchão, por acaso?

— Ae tio, ou, assim não né, LM? — Negão colocou a mão no pescoço, chateado. Não engana ninguém, enrola a menina a anos e agora vem com essa? Nem namoro assumia.

— Eu que sei, mano! Que que eu tenho a ver com essa história de romance dos pombinhos?

— Enquanto eu tô com o Negão tu pode ficar com a Geisa.

— Olha que generosos, em troca do quê?  —  eu debochei, achando graça  da oferta. Se eu quisesse ficaria com ela e ninguém me impediria. Não conseguiriam empatar essa porra nem que quisessem.

— 'Tamo precisando de alguns móveis, saca? — Negão se meteu

— Ah! Entendi. — dei risada, me escorando na cadeira — Você tá basicamente me vendendo os dias da tua própria prima, Mariana? Tá ligada que ela vai querer te matar, né irmão?

Não é vender, é troca de favores, e eu me entendo com ela depois. Eu vou para a casa do Negão toda noite. E você pode ir lá em casa, ver a Geisa. — Mariana se defendeu, como se tudo fosse simples e cor-de-rosa

Mas não era.

— Então ela vai saber dessas fitas? — questionei, pensando se era possível que ela aceitasse

— Não, não, tá doido! Se saber, ela se muda. Ela deu risada, como se eu tivesse feito alguma piada muito engraçada

Caralho, sou tão nojento assim?

— Não foi isso que eu quis dizer, LM...

— Tá, valeu. Esquema aceito, agora toma aí o caminho de vocês. era óbvio que eu sabia que nada daquele plano daria certo, só queria ver se o Negão finalmente ia assumir a relação com Mariana, comigo dando o que ele tava pedindo.

Já fazia anos e continuava na mesma. Cada hora era uma desculpa diferente, coitada da garota que acreditava que sairia leite dessa pedra. Depois dessa, não tinha mais desculpas pra ele se safar disso.

— É que nóis queria um adiantamento, né patrão...

— Tá aí —  Joguei mil em direção ao Negão, dinheiro todo juntinho e amarradinho, chega doer o coração — Tá ligado que esse dinheiro era pra quem tem dívida, né? Pra quem precisa de verdade, e não pra quem tem energia pra trabalhar.

— Tô Patrão.

— Que bom, esteja ciente dessa sacanagem aí, falou.

— Falou.

DE VOLTA AO MORRO - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora