— Como é que é o bagulho Mariana, explica direito esse esquema aí! — perguntei desconfiando depois de ver a empata foda falando nada com nada
— LM, tu sabe que eu e o Negão já estamos junto a um tempo e estamos ajeitando tudo pra morar juntos. Já estamos comprando as coisas lá pra casa dele e alguns ajustes.
— Ajuste do colchão, por acaso?
— Ae tio, ou, assim não né, LM? — Negão colocou a mão no pescoço, chateado. Não engana ninguém, enrola a menina a anos e agora vem com essa? Nem namoro assumia.
— Eu que sei, mano! Que que eu tenho a ver com essa história de romance dos pombinhos?
— Enquanto eu tô com o Negão tu pode ficar com a Geisa.
— Olha que generosos, em troca do quê? — eu debochei, achando graça da oferta. Se eu quisesse ficaria com ela e ninguém me impediria. Não conseguiriam empatar essa porra nem que quisessem.
— 'Tamo precisando de alguns móveis, saca? — Negão se meteu
— Ah! Entendi. — dei risada, me escorando na cadeira — Você tá basicamente me vendendo os dias da tua própria prima, Mariana? Tá ligada que ela vai querer te matar, né irmão?
— Não é vender, é troca de favores, e eu me entendo com ela depois. Eu vou para a casa do Negão toda noite. E você pode ir lá em casa, ver a Geisa. — Mariana se defendeu, como se tudo fosse simples e cor-de-rosa
Mas não era.
— Então ela vai saber dessas fitas? — questionei, pensando se era possível que ela aceitasse
— Não, não, tá doido! Se saber, ela se muda. — Ela deu risada, como se eu tivesse feito alguma piada muito engraçada
— Caralho, sou tão nojento assim?
— Não foi isso que eu quis dizer, LM...
— Tá, valeu. Esquema aceito, agora toma aí o caminho de vocês. — era óbvio que eu sabia que nada daquele plano daria certo, só queria ver se o Negão finalmente ia assumir a relação com Mariana, comigo dando o que ele tava pedindo.
Já fazia anos e continuava na mesma. Cada hora era uma desculpa diferente, coitada da garota que acreditava que sairia leite dessa pedra. Depois dessa, não tinha mais desculpas pra ele se safar disso.
— É que nóis queria um adiantamento, né patrão...
— Tá aí — Joguei mil em direção ao Negão, dinheiro todo juntinho e amarradinho, chega doer o coração — Tá ligado que esse dinheiro era pra quem tem dívida, né? Pra quem precisa de verdade, e não pra quem tem energia pra trabalhar.
— Tô Patrão.
— Que bom, esteja ciente dessa sacanagem aí, falou.
— Falou.
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DE VOLTA AO MORRO - EM REVISÃO
Romance#2 mudanças - 18/11/2021 #1 risadas - 07/03/2023 #1 nostalgia- 07/03/2023 #2 afeto - 02/12/2021 - Quem é tu garota? Fumou foi? Não tem medo de morrer não? - Eu? - sorri, indo em direção a mesa em passos devagar, me escorando nela - Nunca tive medo d...