VIII

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" Se puder e se quiser, não saí da minha vida, tá?"

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" Se puder e se quiser, não saí da minha vida, tá?"


— Um cartão.

— Pra quê se esconder, Cachinhos, vem cá. — Luís chamou minha atenção, com a voz inocente, fazendo meu rosto virar automaticamente em sua direção

Mas que droga, na presença dele, até meu corpo me traía com facilidade.

— Saí de perto, coisa ruim!

— Geisa!

— Mas é, tia!

Minha tia fez uma careta, tentando parecer zangada. Aos poucos, fui saindo de trás de Mariana.

— Não vai sentar? —  Guilherme se fez presente, tomando de forma propositalmente barulhenta o café, pra quebrar o gelo recente causado pela surpresa de minha tia com a presença de Luis aqui em casa.

— Claro! — dei risada e me sentei ao lado de Guilherme, e fazendo com que  logo em seguida Luís me acompanhar, sentando do meu outro lado

Eita criatura.

— Não vai cumprimentar? — sussurrei 

— Eu não. — Luís resmungou

— Luís!

Ele me olhou, contrariado.

— Amor?

Bufou e eu sorri. Partida vencida com sucesso.

— Bom dia, Guilherme, firmeza?— ele se levantou, dando um aperto de mão e voltando a sentar

Guilherme me olhou, surpreso. Incentivei com o olhar, da forma mais discreta que pude. 

— Ahn... Bom dia LM, firmeza sim, e você? 

— Firmeza, graças a Deus. — Luís respondeu com simplicidade, se concentrando no que havia em cima da mesa e evitando manter contato visual com Guilherme.

Era nítido pela forma como seu corpo estava rígido, que toda aquela situação estava o fazendo se sentir desconfortável.

— Que bom, então.

Silêncio.

— Tia, passa o café preto?

— Claro, aqui ó, princesa — o carinho em sua voz me acalmou ao menos um pouco. Sua expressão surpresa, e depois neutra, me deixava sem a menor noção de como ela realmente se sentia com Luís presente na mesa conosco.

Silêncio.

— Quer café, Luís? — minha tia questionou. Novamente, lá estava a expressão neutra, e sua voz não se diferenciava em nada de como falava com qualquer desconhecido, porém com certa gentileza.

— Pode pá. — ele olhou pra mesa, mas nenhuma xícara estava em frente ao lugar que sentou

 — Pode ficar com a minha, não vou tomar café. —  Marina se pronunciou, estendendo a xícara rosa com desenho do bob esponja, em sua direção

DE VOLTA AO MORRO - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora