XXVIII

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Cachinhos...

Quando meus olhos se acostumaram com escuridão que o quarto proporcianava, contive meus olhos na janela aberta, cheia de pequenas luzes pela iluminação da favela.

Observando a sombra de Luís descansando pela cama, me contive com a ideia de acorda-lo cheio de beijos.

Olhei a hora, me surpreendendo. Já eram seis horas, e isso explicava a escuridão. Ficamos horas de mais aqui dentro. O baile começaria pelas nove e meia, eu precisava acordar Luís, já que marcamos de ir e tínhamos três horas pela frente para tomar banho, comer e decidir o que vestir, com tempo.

Minha tentativa de acordar meu Magrelo carinhosamente foi por água a baixo assim que bstidas frenéticas na porta o fizeram por mim.

Ele abriu os olhos, meio pertido, e mesmo com o barulho na porta, se focou em mim e sorriu, me fazendo sorrir também.

— Como se sente, esposa?

— Muito feliz, marido — meu sorriso se ampliou, me fazendo beija-lo mais uma vez

— GENTE, VAMO DAR UMA PAUSA NO LOVE AÍ E IR SE AJEITAAAAR — ouvi a voz de Mariana, me fazendo me afastar de Luís, revirar os olhos e bufar, para após me esconder no travesseiro, fazendo a risada rouca dele ser ouvida

— Você precisa levantar, amor. Antes que doida da tua prima arrombe a porta — ele avisou, como se realmente pensasse na possibilidade da meio metro de cabelos pretos ondulados fosse capaz de tamanha destruição. Com cuidado ele retirou ums mecha do meu cabelo, plantando um beijo ali.

O sentir levantar a coberta, pronto para se levantar. O segurei, fazendo manhã, o predendo com minhas pernas.

— Vai não, fica — me acobcheguei no seu peito, escondendo minha cabeça na curvatura de  seu pescoço, sentindo o sorriso do mesmo nascer de encontro a minha bochecha.

— Amor, a gente precisar ir. JP organizou pra gente.

Resmunguei, não me permitindo solta-lo.

— Pequena, vamos, força vai — ele acariciou a pele sobre minha costela com cuidado

— Temos mesmo de ir, Magrelo? — fiz drama

— Claro, amor. Não da de nois fazer desfeita, ficaria chato tio.

— Aaah — me afundei mais, conseguindo fazer com que outra risada leve e rouca pelo sono reverberasse em sua garganta

— GEISAAAAA — outro grito de Mariana chamou nossa atenção, me assustando

— Viu, mais um pouco e ela quebra a porta.

— Okay, okay. Você venceu — me rendi, me levantando e indo para o banheiro

— E pensar que eu vou ter essa visão todo dia, só por Deus fih — ouvi os suspiros de Luís Felipe me fazendo gargalhar

— Apaga esse fogo, homem!

— Fazer o que se tu acende, mulher!

Fui pra baixo do chuveiro sem pensar muito. Luís apareceu logo depois, avisando que teria de sair e logo voltada, me deixou um beijo estalado nos lábios e a alegria do momento que tivemos ainda fresca no coração e na memória, me fazendo sorrir feito boba.

Ainda de toalha, levei um susto ao ver todas as meninas ali, infileiradas uma ao lado da outra, em cima da cama, que por sinal, já estava arrumada.

Luís, todo prendado. Quem te viu quem te vê.

— Olha o sorriso de apaixonada dela — Nicoly cutucou Camila com o cutuvelo

— Só falta escorrer a baba, toda desmaiada no chefão — Camila concordou

DE VOLTA AO MORRO - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora