ps: Galero, tô pelo celular porque tô com uns problemas ai, mas não queria deixar de postar. Enfim, follow the baile. Esse capítulo é um bônus especial para que possam entender mais do Guilherme.
Até a próxima caquedooo
.. / / ..
Pouco antes do acontecido...
- Eu não quero mais saber, Guilherme! - Silveira, o capitão das operações especiais do BOPE, exclamou, já exasperado
- Me dá mais um tempo, capitão. Prometo não te decepcionar - Guilherme soou desesperado
Aquela, definitivamente, não era a primeira vez que esta mesma frase escapou por entre seus lábios.
Silveira virou-se, e em poucos passos, parou frente a frente com Guilherme.
Silveira sentiu pena do garoto, ao mesmo tempo que se enchia do sentimento já nem tão novo, de decepção. Ele tinha dado uma chance para o novato, de provar que tinha um futuro brilhante na carreira policial, mas a cada mês a notícia que corria pelo habitual local de trabalho, era que outra vez, o jovem havia falhado.
- Eu confiei um trabalho a você. Sinceramente, não sei o que se passou comigo para escolher logo você - Silveira suspirou, virando-se novamente para a janela. Sua decepção com Guilherme era evidente. - Você é novo de mais, em carreira e em idade. Tinha acabado de chegar quando te coloquei como minha fonte. O brilho no teu olhar me enganou feio, garoto. O lugar de onde vinha, de quem tu é parente, tudo colaborou pra tua chance. Menos você.
E isso foi como um soco certeiro. O orgulho ferido de Guilherme, não permitiu que ele percebece o quanto a raiva que ele sentia, era mais pelo ego próprio do que por ter decepcionado o senhor a sua frente.
- Senhor, me dê apenas mais alguns dias. Geisa, o grande amor do LM, chegou na comunidade. LM fica vulnerável quando se trata dela. Capitão, não podemos perder essa chance!
- E nem vamos - Silveira deixou claro.
Um sorriso se formou no rosto de Guilherme, sentindo novamente seu ego inflar. Ele conseguiria logo logo chegar a uma patente mais alta, e quem sabe, ter seu lugar no BOPE.
Ao menos era o que pensava.
Silveira se dirigiu a sua mesa, sentou-se calmamente em sua cadeira, e, enquanto tocava nos papéis em cima da mesa, tinha total noção de que estava sendo observado pelo jovem. Então, respirou fundo, se preparando para dar a notícia.
- Guilherme, você está dispensado de suas funções. O Cabo Oliveira vai assumir a partir daqui. Desocupe sua sala. A Senhorita Vicente está te aguardando para lhe dar novas instruções. A princípio o que sei, é que você vai para as ruas.
Guilherme notou o pesar na voz de Silveira. Era extremamente óbvio o perigo que enfrentaria nas ruas.
Já sem o sorriso no rosto, o garoto olhava o senhor a frente sem reação.
Esquecendo-se do princípio da educação condial entre seu superior, Guilherme saio da sala, abalado, sem soltar palavra alguma.
Seus passos furiosos iam a caminho do que antes era seu motivo de orgulho. Em frente a porta de sua, agora ex sala, observou as caixas que pairavam no chão.
Ouviu uma risada distante. Seus colegas de trabalho, os mais imaturos do local, riam. Na verdade, apenas frustrados por não conseguir o lugar do garoto que, mal chegando, tinha conquistado a confiança do honrado Silveira.
Mas Guilherme, ao invés de pensar de forma sensata, apenas se encontrou mais furioso. Se sentia humilhado. A cada minuto, lembrava de seus bons momentos em sua sala, e da cara de orgulho que sua mãe e amigos mais próximos ficaram ao saber de sua rápida promoção e grande chance.
A única coisa que Guilherme se esqueceu de pensar, era no fato de que chances são ágeis. Elas te escapam ppr entre os dedos na mesma velocidade com que parecem.
Verdade seja dita, Guilherme era uma boa pessoa, de bom caráter, porém era revoltado com sua família. Luís Felipe foi motivo de atenção por sua luta mesmo com o pai que tinha, chamou a atenção da garota mais linda do morro que, por tristeza do destino, fora sua grande paixão na infância, mas que nunca teve olhos para o mesmo.
Tudo se resumia na sorte que Luís tinha, e no quanto Guilherme tinha que batalhar pelas coisas. O mais pequenos detalhes faziam do garoto, cada dia mais revoltado. Luís já poderia estar morto com a vida ue tem, no entando tem dinheiro, uma mansão para chamar de sua, uma mulher disposta a ser sua esposa e o apoiar, uma comunidade que o ama, acolhe e defende.
Quem visse de fora os pensamentos de Guilherme, poderia muito bem acabar com essas paranóias sem sentido que rodeavam sua cabeça, fazendo do seu dia ainda mais negativo. Poderiam dizer para ele, que o que ele pensava era pura besteira. Que Guilherme deveria focar em seus dias felizes e ver como suficiente a vida honesta que tem.
Mas naquele momento, Guilherme não pensou em nada disso.
Seu telefone tocou. Era Morena pedindo se ele poderia buscar Geisa, já que o dia já tinha dado lugar a noite. O Rio de Janeiro era uma maravilha aos olhos, mais perigoso para o bem estar de simples civis, assim como era para policias treinados.
Guilherme soltou uma desculpa qualquer, e tratou de desligar o telefone o quanto antes. Arrumou suas coisas dentro das pequenas caixas. Seus pertences não eram muitos.
Pegou-as nos braços e e dirigiu ao estacionamento. Sem olhar para os lados, fingia ignorar os falatórios, e, acabou por não conter o pequeno alívio de ver seu carro.
Ao menos nisso, pensou, eu consegui vencer.
Um carro bonito, atual, de dinheiro suado estava bem a sua frente, mas ainda sim, Guilherme se via abalado.
Agora já sentado no banco do motorista, ele ligou o carro, se perdendo entre pensamentos.
Quando se viu, estava em frente ao morro. Podia muito bem ter engatado a marcha, dado a volta, chegado em sua casa, tomado um banho relaxante e deitado em sua cama. Sua casa, seus móveis, seu banheiro limpo, seus bons lençóis. Tudo conquistado em dois anos de polícia. Dois anos focados em investigar seu primo, perdidos em nada, fazendo circulos repetitivos sem achar prova alguma. Tudo soava tão óbvio, mas as provas, tão necessárias, não eram encontradas.
Novamente, sentiu a raiva borbulhar por entre suas veias.
Ligou o carro, subiu o morro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DE VOLTA AO MORRO - EM REVISÃO
Romance#2 mudanças - 18/11/2021 #1 risadas - 07/03/2023 #1 nostalgia- 07/03/2023 #2 afeto - 02/12/2021 - Quem é tu garota? Fumou foi? Não tem medo de morrer não? - Eu? - sorri, indo em direção a mesa em passos devagar, me escorando nela - Nunca tive medo d...