Samir,
Queria apenas escolher com quem se casar, mas um acontecimento inesperado faz com que mude os seus planos, pela tradição seu destino já estava traçado, teria um casamento arranjado. Ele teria que aceitar, por honra.
Julie,
Queria apenas um...
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New York - aeroporto internacional John F Kenedy JFK
Julie segurava a mala no aeroporto em New York, ouviu com tristeza o chamado para o embarque, não queria conhecer ninguém queria ficar em casa com tia Lisa, mas agora com dezessete anos estava sendo entregue para sua família indiana, que só ouviu falar pela mãe, já que seu pai Robert não queria nem ouvir histórias da índia, e mesmo assim por insistência de sua mãe foi para a Índia conversar a última vez com a família dela, em um trágico e tolo acidente de trânsito causado por adolescentes bêbados os dois morreram em Nova Délhi, durante o festival de holi (festival das cores), o que gerou grande dor é que ela não deu o seu último adeus, agora um mês depois a família de sua mãe ganhou sua guarda e teria que por imposição da justiça morar em um país estranho com pessoas estranhas, linguagem estranha e uma cultura muito diferente da sua. Não tinha escolha já que tia Lisa a única que ela considerava como família, não podia ficar com ela, pois não é sua parente de sangue, para a justiça é apenas sua vizinha, não tinha o direito legal por sua guarda, o pai foi um soldado e depois, se tornou Engenheiro e abriu uma construtora, prosperou rápido na Capital de Washington, foi para a Londres a negócios, conheceu sua mãe Mahara sobrenome Singh ou Kumari, Kumari usado para a mulher, Julie não entendia muito bem para que tantos nomes, sobrenomes e seus significados, mas o fato é ela se chamava Julie Ranya Kumari Scott, se apresentava sempre como Julie Scott, sua mãe era de uma região Punjabi de agricultores trabalhavam com exportação de frutas e grãos.
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Mahara e Robert
Sua mãe conheceu seu pai quando estudava em Londres inglês e literatura, se apaixonaram e fugiram para se casar e nunca mais voltaram na Índia, pois tornou-se renegada pela família por se casar com um estrangeiro e agora vinte anos depois voltaram a Índia apenas para morrer.
Julie lamentava não ter dito o último adeus, por que quando os dois viajaram ela estava fazendo um teste para a Juilliard School, os viu pela última vez na noite anterior ao embarque, onde falou apenas um simples tchau, não imaginaria que jamais os veria novamente, se ela tivesse previsto teria dito que os amava mais que tudo, mas estava ocupada com o seu parceiro de dança treinando para seu teste, e agora não tinha mais ninguém no mundo, sua casa, seu cachorro e tudo que conhecia ficaria para trás nos Estados Unidos, nunca mais teria como comer a panqueca que seu pai fazia no café da manhã, não ouviria a mãe cantar músicas indianas, pela casa ou fazer orações para Shiva, sua vida perdia todo o sentido e neste instante jurava para si que iria voltar, assim que tivesse a maior idade voltaria, seria a primeira bailarina no Juilliard School e Bolshoi Ballet Academy depois ganharia o mundo menos a Índia.
Entrou no avião e sua acompanhante indiana chamada Anika, não falava inglês muito bem e tudo que Julie entendeu desde que ela foi buscá-la, é que era sua avó e todos a aguardavam com alegria na Índia. Colocou o fone de ouvido e escutava uma música da banda irlandesa U2 Bad (Mal) , não queria conversar e não estava com paciência para explicar cada expressão do inglês para a velha senhora que se vestia de lençóis e lenços e com uma porção de joias de ouro.
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Anika Kumari
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Julie Ranya
Aeroporto Internacional Índira Gandhi
Depois de 14 horas de voo sem escalas, a sua chegada na Índia foi no mínimo um choque de realidade, ela olhava espantada para as mulheres com trajes cheios de cores e muitas com o rosto ou cabelos cobertos por véus, sentiu que entrava no universo completamente diferente do que estava habituada, não se imaginava vestida daquela forma, andou pelo aeroporto esbarrava nas pessoas sua avó ficou para traz, estava pegando as malas , e pelo que Julie entendeu ainda pegariam um táxi para ir na região do campo onde ela viveria daqui para frente. Ela continuou a explorar o aeroporto e sentiu um toque no ombro, virou para olhar de quem se tratava, viu um homem de turbante preto e a olhava com os olhos escuros frios como o aço, e somente os olhos eram visíveis e mais nada conseguiu ver. Colocaram um pano encardido em seu nariz pelas suas costas, depois disso só viu a escuridão absoluta. Foi levada...
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