A cápsula saiu do hiperespaço. Ela agora se encontrava na atmosfera do planeta, e inicia a queda livre. Em seu interior Estela, Augusto, Esther e Ismael estavam firmemente presos em seus nichos acolchoados pelos cintos de segurança e alças.
O hardware conhecido como a "Caixa", está firmemente preso em um suporte também acolchoado.
O paraquedas se abre e o tranco é sentido pelos passageiros, os quais passam a comemorar. Ismael diz:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Maravilha, daqui algumas horas eu quero estar na base tomando uma cerveja. Quem sabe até encontro um carinha interessante.
Todos riem. Estão aliviados, há quatro minutos atrás estavam em um planeta alienígena, sendo atacados por centenas de soldados e aeronaves da raça inimiga, a qual eles chamavam de Stall.
Era a primeira vez deles naquele meio de transporte. Esther realmente havia temido que a cápsula acabasse por acidente indo parar em um sol, asteróide ou outro corpo celeste incapaz de manter a vida deles.
Esther passou a se sentir sonolenta, então notou que Estela estava quase fechando os olhos, havia alguma coisa terrivelmente errada. Ela ouviu um pequeno chiado que vinha do teto, ela já não conseguia pensar com clareza.
No teto da cápsula ela vê um quadrado metálico, ela nota que aquilo não faz parte da estrutura da cápsula, foi colocado lá. O objeto é a fonte do chiado, ele está soltando um gás. Esther grita:
- Traíram a gente, aquele negócio tá soltando gás. – então ela se lembra. - temos que reiniciar a Caixa, a miserável deve fazer parte disso.
Esther tenta soltar a fivela do cinto de segurança, mas ela não tem mais a coordenação motora necessária para isso. Ela em pânico vê que Estela e Augusto já estão inconscientes.
Ismael conseguiu soltar seu cinto de segurança, seu corpo caiu no piso da cápsula. Ele tenta se arrastar até a "caixa". Quando finalmente chega ele se esqueceu do que devia fazer, sua mente estava muito confusa e ele perde os sentidos.
Esther continuou lutando contra a fivela do cinto até que ela também desmaia.
---x---
Esther acorda sentindo muita dor de cabeça. Ao perceber que estava com as mãos e pés amarrados ela entra em pânico. Ela tenta inutilmente se soltar, porém só consegue ferir seus pulsos.
Ela ainda está confusa, não sabe onde está, nem como veio parar ali. Ela percebe também que está sem sua jaqueta e retiraram a pistola que ela levava no cano da bota.
Ela procura se acalmar e olhar ao redor, Estela, Augusto e Ismael estavam também amarrados, mas ainda estavam inconscientes.
Eles estavam em uma espécie de bosque ou floresta, porém ela nota as plantas, elas eram estranhas, eram alienígenas.
As plantas eram verdes, mas não tinham folhas, tinham caules, e no alto deles uns discos grossos. As plantas eram todas semelhantes, porém de tamanhos muito variados, as maiores eram tão grandes como as árvores da terra.
Ela se deu conta de que não sabia nem em que planeta estava.
Ela ouviu passos vindo do meio das plantas, e de lá saiu um hava trabalhador. Ele estava armado com um rifle de plasma TK 800, uma arma humana.
O hava olhou para ela e para os outros. Ele usou um painel para digitar uma mensagem. Depois ficou vigiando sem demonstrar nenhuma emoção.
Esther sentia desespero, aquela traição colocava toda a humanidade em risco. Ela pensou em Maia, Drica e no seu filho, o qual ela ainda nem sabia o nome.
