UMA SEMANA DEPOIS
No Planeta Torix
Flashes luminosos se sucedem na atmosfera do Planeta Torix, se destacando na escuridão da noite.
O local é uma próspera colônia do império Hava. O clima favorável daquele planeta permite o cultivo de uma quantidade gigantesca de alimentos de alta qualidade.
A capital da colônia foi construída ao redor da área de saída das cápsulas do hiperespaço. Depois do anel formado pela área urbana se estendem plantações por centenas de quilômetros.
Há alguns minutos atrás uma ogiva de pulso eletromagnético foi detonada na estratosfera. Os sistemas de comunicação, os veículos, as armas de partículas e os poucos visores infravermelhos dos havas foram inutilizados. Todas as lâmpadas e instalações elétricas também foram atingidas, fazendo o anel urbano, o qual normalmente era totalmente iluminado, se apagar.
As esferas com os soldados humanos surgem na atmosfera, elas entram em queda livre e as quatro partes dos painéis externos superiores se soltam. O vento as leva para longe.
Os soldados pulam da estrutura interna das esferas, e abrem as abas laterais de seus trajes que permitem que eles quase planem.
Carlos vai a frente. A responsabilidade de achar um bom local para o pouso o faz ficar totalmente concentrado na paisagem que via através do equipamento de visão noturna.
Nina, Lucas, Ismael, Sarah, John e vários outros seguem Carlos quase planando pela noite. Apesar da adrenalina todos seguem o plano à risca. A voz de Carlos é ouvida por todos pelo rádio:
- Estou vendo o quartel general das forças hava deste planeta. Já escolhi o local de pouso, achei um monte de cápsulas juntas não muito longe do alvo.
Todos confirmaram terem entendido. E se prepararam para o pouso. O monte de cápsulas se aproxima rapidamente, ele provavelmente possui quase cem unidades, é como um monte de contêineres em um porto. As cápsulas normalmente desciam de paraquedas, eram levadas para aquele monte, onde era feito uma triagem, depois elas iam para os galpões de reparo ou de abastecimento, armazenamento, preparação e envio.
Carlos levanta o corpo e a resistência do ar nas abas de seu traje faz a sua velocidade diminuir rapidamente. Então ele começa a cair rápido e abre um pequeno paraquedas redondo, e pouco depois seus pés tocam o solo. O pouso não é muito suave, o paraquedas é pequeno para seu peso, porém eles já haviam treinado para isso em Atlas. Seus companheiros também vão pousando da mesma forma.
Assim que tocam o solo eles se soltam dos paraquedas e correm para o grupo de cápsulas. Assim que todos chegam a segurança relativa os soldados ficam por uns segundos esperando a adrenalina baixar. Eles então pegam suas mochilas, tiram os trajes com abas e colocam o uniforme tático.
John e os snipers sobem nas cápsulas procurando posições de tiro. Carlos fala:
- Os drones da Dora estão assumindo as posições. Os nossos havas trabalhadores vão chegar daqui a pouco.
- O Raul iria gostar dessa missão, será que ele está bem? Será que trancaram ele em uma cela e jogaram a chave fora? Disse Juliana.
- Devem ter interrogado ele por dias, mas não devem tê-lo prendido. – disse Carlos.
- Os havas trabalhadores do nosso lado parecem que não querem mais arriscar o pescoço. Deixaram o trabalho sujo de limpar a área com a gente, poxa, é o povo deles que vai ser libertado. – disse Ismael.
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O Deus Tulo
Science Fictionesse livro é a continuação direta do livro Planeta UH 9536. A Aventura dos soldados humanos continua, e muitos segredos são finalmente revelados.