No Planeta Mater
Sarah, Juliana, Esther e Ismael usavam pás para cavar trincheiras.
Os havas e os autômatos de Dora também estavam ocupados em escavar as grandes valetas no solo.
Esther falou:
- Isso me lembra a Primeira Guerra Mundial, aquilo foi um loucura absurda. Humanos matando humanos em escala industrial.
Juliana respondeu:- É verdade, eu vi uns filmes antigos sobre aquele período. O que provocou o impasse no campo de batalha, e a guerra de trincheiras, foi o uso mais intenso das metralhadoras.
- E agora as batalhas provavelmente nunca mais serão as mesmas. Essas novas armas de partículas vão mudar a forma de lutar nos planetas e no espaço. Elas tem muito alcance e o tempo de voo do disparo para atingir o alvo é muito curto, diferente do que acontece com as armas de fogo e armas de plasma. As primeiras armas de partículas dos Rivas eram muito precárias, mas as novas versões evoluíram muito. Talvez as trincheiras voltem a moda agora.– disse Ismael.
Esther olhou para Ismael e disse com sarcasmo:
- Bela análise militar, tenho orgulho de ser sua amiga.
- Você sabe que eu sempre faço o dever de casa. – disse Ismael.
Eles pararam de cavar um pouco e ficaram observando a movimentação dos seus aliados.
A cinquenta metros deles uns autômatos sobre seis rodas desceram por uma rampa e entraram em uma trincheira. Dora claramente havia se inspirado nos batalhoídes quando fez aquelas máquinas. Eles eram bem menores que os veículos Riva. A arma de partículas ficava no alto da torreta, ao lado das câmeras e sensores.
Os autômatos se posicionaram na trincheira, a cerca de trinta metros uns dos outros. As torretas deles subiam e desciam movidas por pistões hidráulicos.
Eles encontraram o ponto em que só a arma e as câmeras e sensores ficavam para fora da trincheira. Essa seria a posição ideal para atirar em uma batalha.
Então passaram a fazer simulações, se movimentando pela grande valeta e levantando e abaixando as torretas.
Ismael comentou:- Que bonitinhos os filhotinhos da Dora. Espero que um dia eles não queiram acabar com a gente.
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No Planeta UH 9536
Priste está tomando seu café da manhã. Na tarde de ontem o comandante Tax havia partido na grande nave de transporte interestelar.
A nave foi com apenas cinquenta soldados, e com a tripulação básica. A menina sacerdotisa Trix também foi.
No compartimento de carga havia sido embarcado o teletransportador, e boa parte de tudo que foi encontrado na base humana. Até os autômatos que eles não sabiam como funcionavam.
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O Deus Tulo
Научная фантастикаesse livro é a continuação direta do livro Planeta UH 9536. A Aventura dos soldados humanos continua, e muitos segredos são finalmente revelados.