Capítulo 59 - O pior dos pesadelos

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No Asteroide FK 625

A nave esfera de Jorge sai do hiperespaço. Outras dezenas de naves idênticas vão surgindo na área de saída do asteroide FK 625. Jorge está com os dedos nas teclas de gatilho das armas de partículas. Felizmente os inimigos não estão à vista.

O rádio começa a funcionar, uma voz forte e precisa diz:

Comandante das naves esferas, aqui é o comandante Pedro da NCO GF 3456. O inimigo está entrincheirado nos destroços das instalações, vamos coordenar o ataque com os sobreviventes da segurança local.

E aí Pedro? Aqui é o Jorge, é bom encontrar você, como está essa situação aqui, que merda eim? - disse João.

Uma merda mesmo, inimigos desconhecidos, com poder de fogo, manobrabilidade, sensores, tudo ignorado.


Jorge então entrou em contato com Samuel, o qual ele ainda não conhecia, ao contrário de Pedro,  que já havia participado de missões com ele. Samuel disse pelo rádio:

Certo, vamos estar em posição em cerca de oito minutos, e iniciaremos o ataque ao seu comando.

Nós vamos primeiro, vamos entrar pela cratera atirando em qualquer alienígena que aparecer, venham atrás e nos dêem cobertura. Boa sorte.

Boa sorte, vamos matar esses desgraçados.


Jorge olha para alguns destroços que flutuam a uns trezentos metros de distância, entre eles reconhece o corpo de uma criança humana que aparentava ter sete anos de idade. Ele pensa que o coitado não deve ter conseguido chegar a um dos abrigos. Seu coração se aperta ao pensar nos próprios filhos, os quais estavam na estação espacial  LH 31.

Os minutos se passam, todos chegam a sua posição, a hora havia chegado. Cabe a Jorge dar início a desesperada operação militar, ele diz:

Atacar!


As naves esferas acionaram seus propulsores e vão em direção ao grande buraco onde anteriormente estava a comporta de carga. Os soldados de Samuel vão avançando em um ritmo controlado para não chegar ao objetivo cedo demais.

As NCOs lançam quatro pequenos mísseis, eles passam pelas naves esferas e um segundo depois de entrar no grande buraco eles se ativam.

Dois deles queimam seus painéis  de magnésio e fósforo branco, o que gera uma luminosidade extremamente intensa. A queima dura apenas uma fração de segundo, mas é suficiente para ofuscar olhos biológicos ou câmeras.

Os outros dois mísseis inundam o espectro eletromagnético com ondas rádios e microondas em todas as frequências gerando interferência em equipamentos eletrônicos.

A ativação dos mísseis foi coordenada com as naves esferas que desativaram seus sensores e desligaram as câmeras durante a fração de segundo em que eles funcionaram.

Jorge se prepara, durante a fração de segundo que suas telas ficaram escuras sua nave atravessou 231 metros. Os sensores voltam e o sistema computadorizado, de imediato, encontra alvos e aponta as armas de partículas. Ele aperta o gatilho liberando as armas que disparam loucamente fazendo a pequena nave vibrar.

As armas da nave de Jorge atingem três hexapodes e então param de disparar. Jorge senti a nave tremer ao ser atingida pelos inimigos. Os sistemas vão parando e um disparo penetra a cabine e passa a cerca de doze centímetros da perna esquerda dele.

Ele solta o cinto de segurança e se impulsiona em direção a escotilha de fuga. Essa é a segunda nave esfera que Jorge perde. A primeira foi na tomada da nave de transporte interestelar Stall. Ele queria poder contar aquela aventura para sua filha Isabel. A menina de nove anos iria adorar saber como o pai dela entrou nas entranhas de uma nave lotada de alienígenas inimigos. Mas a missão estava classificada como altamente secreta. Mas talvez um dia tudo se tornasse público.

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⏰ Última atualização: Jul 16, 2018 ⏰

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