No Asteroide do Encontro
Dentro da pequena cápsula Triana pega o rifle de plasma. Ela olha pela pequena janela e vê os robôs inimigos manobrando no espaço e se aproximando. Ela fala:
- Toro, exploda a ogiva termonuclear. Acabou, eles vão nos capturar, não podemos permitir isso, vamos logo, e podemos levar muitos deles com a gente.
Depois de alguns instantes a voz sintetizada de Toro sai pelos alto falantes:
- Triana, preciso confessar que eu falhei, sinto decepcionar você e os outros Stall que entraram no nosso projeto.
- Como assim? O plano era a gente se sacrificar se os alienígenas tentassem nos capturar, porque isso agora? – disse Triana.
Houve um silêncio quase total, apenas o som da respiração de Triana percorria o ar. Ela segurava o rifle e também pegou a granada que estava em um compartimento na parede. Então Toro falou:
- Bem, eu me dividi em três cópias no planeta, e uma dessas cópias se dividiu novamente em mais duas na nave de transporte interestelar. Existem dois de mim com os Stalls, fingindo que ainda são leais ao império, e um na nave de transporte interestelar. O plano era que nós cópias nos sacrificaríamos se fôssemos descobertos, ou em caso de outra necessidade. Bem, é vergonhoso, mas algo deu errado na minha programação, nem eu entendo direito, um sentimento de alto preservação está me impedindo de explodir a ogiva. Eu havia revisado meu código fonte e não era para isso acontecer, mas aconteceu. Eu não consigo me destruir. Mesmo sabendo que as outras cópias são idênticas a mim e que elas vão estar "vivas". Eu, não a coletividade de Toros que estão por aí, apenas eu, está cópia que está com você agora, quero viver, e de uma forma tão intensa que se tornou mais prioritária que a missão inicial, e que o destino das outras cópias. Me desculpe.
- Seu covarde, você traiu a você mesmo e a nosso movimento. Eu vou destruir você e depois me mato. - disse Triana enquanto apontou o rifle para o hardware esférico em que a cópia de Toro rodava.
- Espere Triana, vamos conversar com calma. Nós podemos fazer um acordo com os aliens e sobreviver. É melhor ser um prisioneiro do que deixar de existir. – disse Toro.
Os som dos braços mecânicos dos robôs tocando a cápsula ecoaram pelo interior da mesma.
Toro voltou a falar:- Triana, você é muito melhor do que eu, mais corajosa do que eu, você é um exemplo que eu deveria seg....
O primeiro disparo de plasma avariou seriamente o exterior do hardware esférico. O segundo disparo penetrou no interior e pulverizou os delicados componentes em que a inteligência artificial habitava.
Triana pegou a granada e apertou a tecla de detonação. Dois segundos depois a explosão destruiu o interior da cápsula.
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No Planeta Torix
Na tubulação o pequeno drone de reconhecimento voava lentamente. Pelas câmeras do aparelho a cópia de Dora vê a entrada por onde os guerreiros havas haviam aparecido. Ela havia sido cortada no concreto com precisão, e depois minuciosamente tapada com uma placa, e camuflada com a lama dos túneis.
Aquilo era perturbador. Agora a entrada estava bloqueada por uma placa de concreto.
O drone se aproxima, não havia nenhum sinal de vida. Na tubulação estavam as duas unidades búfalo destruídas, e dezenas de corpos de guerreiros inimigos. Mas ela não acha as soldados humanas.
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O Deus Tulo
Science-Fictionesse livro é a continuação direta do livro Planeta UH 9536. A Aventura dos soldados humanos continua, e muitos segredos são finalmente revelados.