No asteroide de mineração FK 625Maia, Drica e o bebê Michel foram levados pelos corredores do asteroide de mineração. Drica ainda não havia se acostumado com a micro gravidade. Ela sentiu enjoos e vomitou algumas vezes.
Grande parte dos refugiados também não tinham tanta habilidade com a ausência de peso, e a movimentação do grupo foi difícil é demorada.
Eles chegaram a uma câmara comprida e lá uma oficial graduada começou a falar:
- Pessoal. Eu sou a comandante Aline. Esse asteroide não é seguro. Os Stall estão com uma frota muito grande nesse sistema, e nosso departamento de inteligência acha que eles vão passar a nós caçar. Nós vamos usar um meio de transporte secreto, o qual vai nos tirar desse sistema solar e nos levar para segurança.
Um dos refugiados, o qual já tinha cabelos grisalhos disse:
- Qual a natureza desse meio de transporte, e qual o nosso destino?
- Isso tudo é secreto, depois que vocês forem realocados não poderão nem mencionar a existência desse meio de transporte, ou da experiência que vocês vão ter – disse Aline.
- E se eu não concordar em entrar nessa coisa? – disse o mesmo refugiado.
- Então você ficará aqui e outra pessoa vai na sua vaga, ninguém é obrigado a ir, eu e meus soldados vamos primeiro, boa sorte a vocês que ficam, e para os outros, nós nos vemos no nosso destino.
Uma porta grande se abriu na lateral da câmara. Ela dava para a lateral de um túnel, o qual possuía trilhos fixados em uma das paredes.
Uma cápsula veio pelo túnel, ela estava presa em um carrinho que corria pelos trilhos. Ela parou e uma escotilha lateral se abriu. Aline e outros soldados embarcaram. A cápsula se fechou e foi embora, e logo outra chegou.
Mais soldados foram embarcando nas cápsulas que não paravam de chegar e partir. Então os refugiados começaram a ser embarcados.
Maia estava desesperada, ela queria muito que Esther estivesse com ela. Como ela podia tomar aquela decisão? Se arriscar em um meio de transporte misterioso, ou ficar em um sistema que está sendo invadido por Stalls.
Nesses momentos Maia achava que devia ser corajosa e não deixar o medo tomar conta dela, porém ela não conseguia. Sentia o coração disparar e o suor encharcar suas roupas.Ela se lembrou de Rafaela, a mulher com quem teve Drica. Ela, assim como Esther era muito valente. Infelizmente ela era tripulante de uma NCO e morreu em uma batalha espacial quando a filha delas completou um ano de idade.
Um pensamento veio a mente de Maia. Ela pensou que talvez a predileção dela por mulheres de farda fosse para suprir a insegurança e a falta de coragem de que ela sempre sofreu.
Ela nunca gostou dos treinamentos básicos na infância e adolescência, ela sofria muito quando tinham que fazer coisas perigosas, como mexer com explosivos e escalar montanhas.
Quando chegou a hora de escolher um ofício optou por TI e virou uma boa programadora.
Havia ainda vários refugiados a sua frente na fila, e ela continuou a refletir sobre sua vida. Ela pensou que provavelmente seus medos atuais vieram de sua infância, a qual foi passada uma colônia miserável.
Seus pais eram pessoas com pouca capacidade intelectual, o que as tornava pouco úteis. Esse tipo de gente geralmente era deixada em algum planeta e recebiam poucos suprimentos e moravam em barracas ou outras moradias improvisadas.
Não havia soldados ou policiais para manter a lei e a ordem nesses locais, e os mais fortes formavam grupos para roubar a comida dos mais fracos. Também havia muitas brigas, assassinatos e estupros.
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O Deus Tulo
Ciencia Ficciónesse livro é a continuação direta do livro Planeta UH 9536. A Aventura dos soldados humanos continua, e muitos segredos são finalmente revelados.