Vitoriosas

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157 dias antes.

-Como assim você não vai assistir a final do campeonato de basquete? Tem alguma coisa melhor pra fazer amanhã? – Luana perguntou para Rafaela enquanto almoçavam no refeitório da escola. Marina não tinha falado com nenhuma das duas o dia todo –Fazem anos desde que uma escola de Quixote se classificou para a final estadual! Ainda mais jogando em casa...

-Não sei, só não estou muito no clima... – Rafa comentou mexendo o arroz com o garfo, ela mudou de assunto drasticamente –Deveríamos falar com a Marina...

-Concordo – Luana sorriu –Mas só se você for ao jogo.

-Ok – Rafa revirou os olhos –Não sei porque você está tão ansiosa por esse jogo. Você nunca gostou de esportes, Luana!

-Estou planejando uma coisa especial – ela não disse mais nada, apenas se levantou puxando a amiga pelo braço e foi em direção à mesa onde estava sentada Marina, Guilherme e uma mistura dos jogadores de basquete e líderes de torcida –Pode nos emprestar sua namorada para um sexo lésbico a três? Na verdade, não faremos isso agora, queremos só planejar algumas coisas...

-Você tem uma boca podre, garota... – Guilherme começou mas Marina tocou seu braço e sorriu.

-Te vejo depois da aula? – ele sorriu de volta para a namorada e voltou a atenção para os amigos.

As três amigas foram andando pelos corredores em direção ao pátio central.

-Uau, você deve transar muito bem pra ter conseguido acalmar aquele nervosinho com um "te vejo depois". A história do sexo lésbico era só uma desculpa mas acho que agora quero tirar a prova real... – Luana comentou rindo.

-O que você quer? – Marina odiava o humor sarcástico da amiga, ela acreditava que a loira não precisava ser tão irônica o tempo todo mas Luana sempre respondia que sarcasmo faz bem para o cérebro e começavam uma discussão sem fim.

-Deixa eu ver... – Luana sentou no chão do pátio enquanto Marina e Rafaela sentaram nos bancos –Queria te chamar para ir à uma festa com a gente. É do Gabriel.

-Você é tão engraçadinha – Marina debochou mas estava achando graça por dentro, Luana tinha o dom de sempre fazer as amigas esquecerem a raiva que estavam sentindo dela –Imagino que esse seja seu jeito de pedir desculpas...

Luana ia abrir a boca mas Rafaela decidiu intervir com medo de que a amiga falasse algo que piorasse a situação.

-Sim, é o jeito dela de pedir desculpas.

Marina suspirou.

-Sabe que acho esse seu jeito exagerado de procurar encrenca profundamente irritante, não sabe?

-Sim – Luana olhou para as unhas sorrindo.

-Mas sabe que eu te amo mesmo assim... – Marina admitiu com uma pontada de orgulho ferido na voz.

-Sei mais ainda – Luana olhou para a outra loira e a abraçou –Agora que já nos acertamos, posso contar que estou preparando algo maravilhoso para a final do jogo de basquete do seu namoradinho e do clube dele?

Marina olhou para Luana com desconfiança mas o que Rafaela percebeu era que a amiga estava ansiosa. Luana era a melhor em aprontar na escola e todos esperavam ansiosamente pelas suas ações.

***

156 dias antes.

Rafaela olhou com um pouco de nojo para a porção de batatas fritas cheia de molho barbecue que Luana comia. Era impressionante o quanto a amiga comia besteira mas seu corpo parecia continuar perfeito.

Uma dose violenta de qualquer coisaOnde histórias criam vida. Descubra agora