Capítulo 3

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Caleb narrando.

- Tenho um jantar na casa da Carol hoje, ela quer que eu conheça o irmão e o sobrinho afilhado dela. - Falo com minha irmã pelo celular.

- Não pode desmarcar?

- Não Marina, agora preciso ir. - Sem condições de ajudar ela com o assunto marido. Já falei com Marina para pedir o divórcio e se livrar logo de uma vez do homem que ela chama de marido.

Já me meti muito nas brigas dos dois mas minha irmã sempre volta pro crápula então agora eu cansei. Lavo minhas mãos com relação a isso.

Pego minha carteira e chaves e saio do apartamento trancando a porta.

***

Chego na casa da Carol na hora marcada, ela abre a porta e me dá um beijo nos lábios, é uma mulher linda, alta com curvas nos lugares certos, cabelo castanho e olhos pretos.

Além de linda é super inteligente e agradável, nos conhecemos há umas semanas atrás. Ela tinha ido até o colégio na reunião de um dos filhos e nos trombamos no corredor, ela pediu informação eu dei e rolou um ótimo papo nesse meio tempo.

Resolvemos trocar números de celular e começamos a conversar como amigos, um belo dia a convidei para sair e desde então passamos a ficar juntos. Agradeço a Deus por não ser professor de nenhum dos filhos dela, pois se fosse, nossa relação não iria acontecer. Não gosto de me envolver com mães de alunos.

- O meu irmão deve está para chegar, vem conhecer meus filhos. - Ela me puxa e me leva até a sala onde está sentado um garoto com o cabelo arrepiado e descolorido e uma menina que se parece bastante com ela. - Esta é Úrsula e este é Gregório. Filhos esse é o Caleb.

- Oi cara. - Gregório diz e aperta minha mão. - Curti as tatuagens.

- Obrigado, eu gosto bastante delas também.

- Prazer em conhece Caleb. Mesmo eu já te conhecendo pois já te vi no colégio. - Claro que já.

A campainha toca e Úrsula dispara até a porta. Aí entra um homem e um menino que aparenta ter onze anos. Presumo ser o irmão e o afilhado dela.

- Já que estão todos aqui, vamos jantar. - Carol diz e eu a sigo até a cozinha, a mesa está posta lindamente.

Ela me apresenta ao irmão e ao afilhado e nós nos sentamos para jantar. A comida está uma delícia, eu escolhi a mulher certa.

- Fico feliz por você ter encontrado um cara como ele Caroline. Desculpe a pergunta, quantos anos você tem?

- Vinte e sete. - Alex balança a cabeça e deixa cair os olhos em meu braço tatuado.

- Me desculpe mas você não tem porte para professor, eu diria que você é tudo menos professor. - Dou risada pois todos dizem a mesma coisa.

Qual o problema um professor ter tatuagens? Tem uns que até duvidam pela minha "pouca idade" tenha dó eu tenho vinte e sete anos, já estou bem vivido.

- Não precisa pedir desculpas, todos dizem o mesmo. Mas quando dou aula vou vestido formalmente, blusa social às vezes rola até de usar terno e gravata. Sou formado em administração também, mas letras é minha maior paixão. Gosto de passar o que aprendi adiante. - Alex sorri. Acho que passei no teste.

Olá, querido professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora